Lula e Bolsonaro trocam ataques em primeiro debate, mas evitam baixaria

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) fizeram, na noite de domingo (17), o primeiro debate do segundo turno. Promovido pela TV Bandeirantes, Folha de S.Paulo, portal UOL e TV Cultura, o embate teve um formato novo e muito mais dinâmico que permitiu aos próprios candidatos administrarem o “bando de tempo”. Em cada bloco, eles tinham 15 minutos cada um para utilizar da forma que melhor avaliassem, tornando um confronto bem menos engessado e mais atrativo.

Ao longo de duas horas, Lula e Bolsonaro se atacaram, porém não descambaram para a baixaria como tinha uma expectativa diante da agressividade da propaganda dos dois presidenciáveis no horário eleitoral obrigatório. Um das palavras mais repetidas pelos candidatos foi “mentiroso”. Tanto Lula quanto Bolsonaro tiveram momentos embaraçosos para responder a perguntas. O presidente ficou emparedado com os questionamentos do petista sobre as milhares de mortes na pandemia e a demora na compra de vacinas. Já o ex-presidente, por sua vez, ficou enredado com as denúncias de corrupção na Petrobras, perguntas incômodas em que Bolsonaro insistiu por mais de uma vez.

Com mais domínio das câmeras e do novo formato, Lula conseguiu uma melhor performance no início do debate. Contudo, ao passar do tempo, Bolsonaro conseguiu trabalhar melhor com as câmeras e pautar questões embaraçosas para Lula. Em certo momento, os dois candidatos se aproximaram tanto que Bolsonaro chegou a tocar no ombro do adversário. “Fica aqui, Lula. Fica aqui”, disse o atual presidente. “Estou à disposição”, devolveu o ex-presidente.Na administração do banco de tempo, Bolsonaro conseguiu em um dos blocos aproveitar melhor o espaço, já que Lula consumiu boa parte se explicando sobre o petrolão. Como consequência, o atual presidente teve seis minutos a seu favor para falar, já que o petista havia gastado todo o seu anteriormente. Na oportunidade, priorizou pautas específicas do seu eleitorado, como de costumes e religião.O primeiro debate do segundo turno foi de mais ataques do que propostas, especialmente em economia e saúde. Mais três confrontos estão previstos até o dia 30 de outubro, o último, promovido pela Rede Globo, está marcado para o dia 28.

Ataques lá e cá

“Bolsonaro continua um mentiroso contumaz. Você continua descaradamente mentindo”“Não tem na história de nenhum governo do mundo alguém que brincou com a morte e com a pandemia como você (Bolsonaro) brincou”.

Quando chegar dia primeiro de janeiro, eu vou pegar seu sigilo e vou botar o povo brasileiro para saber por que você esconde tanta coisa. Afinal de contas, se é bom, não precisa esconder”.

“Se houve corrupção na Petrobras, não precisava ter quebrado as empresas. Foram 4 milhões de empregos perdidos”.“Tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, companheiro, partidário é um retrocesso que a República brasileira já conhece”.

“Eu sinceramente acho que privatizar não é solução para nada”.

Tarcísio (de Freitas, ex-ministro de Bolsonaro) aprendeu trabalhando com a Dilma, porque o Tarcísio foi do PAC, com a Dilma, com quem aprendeu a fazer essas obras. Ele trabalhou com a Dilma”.

Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT

“O senhor promete o tempo todo. O senhor prometeu levar água para o Nordeste, e agora o senhor está prometendo picanha e cerveja. O senhor não fica vermelho com essas propostas mirabolantes e mentirosas”.“O senhor mais endividou a garotada do que deu ensino de qualidade”.

“Lula, se você não mentisse não seria você. Me chama o tempo todo de genocida, miliciano, canibal…”.

O senhor só é candidato a presidente da República por causa de um ministro que foi cabo eleitoral de Dilma Rousseff e depois, por ela, foi indicado para o Supremo Tribunal Federal. O senhor Fachin”.

“Não me compare cm seus amigos corruptos”.“Da minha parte está feito o compromisso, não terá nenhuma proposta (Aumento de ministros do STF). Nunca estudei isso com profundidade”.

“Prezado Lula, quem vai ser seu ministro da economia? Já decidiu ou está barganhando com algum partido político?”

Jair Bolsonaro, candidato do PL

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