Lixo e buracos são problemas no Bairro Juscelino Kubitschek

Fotos: Gabriel Haesbaert/ Diário de Santa Maria

Os moradores da Vila Jóquei Clube, no Bairro Juscelino Kubitschek, dizem não saber mais a quem recorrer para reclamar dos problemas do local. Há buracos nas ruas, falta pavimentação, e os postes de madeira estão apodrecendo e podem cair. Além disso, faltam agentes de saúde e sobram transtornos decorrentes do excesso de lixo, que já toma conta de um afluente do Arroio Cadena que passa pela região.
 O curso d'água corre atrás da casa da pensionista Romilda Martins Machado, 73 anos, que mora há 40 anos no local e já perdeu as contas das vezes em que a rua ficou alagada em dias de chuva.

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- Quando chove, a água invade todo o meu pátio e os dos vizinhos. Ficamos sem poder sair de casa porque fica tudo alagado. E, junto com o alagamento, vêm o fedor de esgoto, as moscas e os mosquitos. O que ainda está segurando o meu pátio e evitando que a terra desmorone são algumas taquaras - reclama ela, acrescentando que o problema é antigo no bairro e segue sem solução.
A pensionista tem dois filhos com deficiência que moram com ela e que precisam de fisioterapeuta e acompanhamento médico todos os dias. Os alagamentos constantes prejudicam os atendimentos, já que os profissionais têm dificuldade de chegar.

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O QUE DIZ A PREFEITURA SOBRE OS AGENTES DE SAÚDE
De acordo com a coordenação da unidade Estratégia Saúde da Família (ESF) Roberto Binato, que atende a região, alguns moradores ficaram temporariamente sem agente de saúde porque a profissional que faz a cobertura na região estava em licença. No entanto, a agente já retornou ao trabalho e está realizando, normalmente, as visitas e o restante do trabalho.
Ainda de acordo com a prefeitura, a ESF Roberto Binato conta com 13 agentes de Saúde, que atendem as vilas Jóquei Clube, Caramelo e Prado, totalizando mais de 10 mil pessoas atendidas.

MUITO LIXO
Além do esgoto, o curso d'água também está cheio de sacolas plásticas, sofás, colchões, ventiladores e até carcaças de geladeira, o que provoca a obstrução dos encanamentos e, consequentemente, os alagamentos.

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O QUE DIZ A PREFEITURA SOBRE O AFLUENTE
De acordo com as secretarias de Infraestrutura e Serviços Públicos e de Meio Ambiente, a casa citada, assim como as demais da vizinhança, estão em Área de Proteção Ambiental, o que configura uma irregularidade. Além disso, conforme a Secretaria de Infraestrutura, o serviço de desassoreamento de sangas, riachos e arroio só é executado mediante licenciamento ambiental. No momento, não há previsão de realização dos serviços no bairro.

Além disso, outros problemas que a vizinhança enfrenta são a buraqueira e a falta de placas com os nomes das ruas. Para passar pela Elvídio Azevedo, por exemplo, os motoristas precisam de atenção e paciência e, para desviar de um buraco, têm de entrar em outro.
O presidente da associação comunitária do bairro, Jorge Vanderlei Grigola de Menezes, 56 anos, também mora na vizinhança há quatro décadas e diz já ter feito inúmeras reclamações.
- Agora, é bem mais burocrático para reclamar na prefeitura e demora mais para que as equipes venham até aqui. Além disso, quando elas vêm, só olham e vão embora, sem arrumar nada - diz ele.

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O QUE DIZ A PREFEITURA SOBRE AS RUAS
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos informa que as ruas de chão batido requerem manutenção periódica e garante que algumas delas já passaram, neste ano, pelos serviços de empedramento, patrolamento e compactação. No momento, não há previsão de nova intervenção no bairro.
As ruas pavimentadas também receberam manutenção, neste ano, a exemplo da Rua Lavras do Sul, em que, de acordo com a secretaria, foi executado o cronograma de recuperação emergencial da trafegabilidade.
No que diz respeito às ruas de calçamento, a prefeitura diz que não há previsão de recuperação devido à falta de mão de obra e recursos para contratação de calceteiros.

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OS POSTES
Em algumas ruas do bairro, os postes são novos e de concreto, mas, na maioria dos locais, as estruturas estão com as bases podres e são sustentadas apenas pelos fios de alta tensão ou de telefonia das residências.
Na casa de um eletricista, que mora no bairro e que pediu para não ser identificado, a parede do contador de luz já está com rachaduras por conta da pressão dos fios que seguram o poste. Na residência  ao lado, os moradores chegaram a ficar sem telefone em decorrência do mesmo problema.

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Em 19 de outubro, dia do forte temporal que atingiu Santa Maria, deixando muitos estragos, cinco postes da Vila Jóquei, que estavam podres, cederam e caíram. Por conta disso, a região ficou três dias sem luz.
- Os postes estão ocos por dentro. Isso é um absurdo - reclama o eletricista.

O QUE DIZ A RGE SUL SOBRE OS POSTES
Conforme a assessoria de imprensa da RGE Sul, a companhia de energia elétrica conta com um plano preventivo de substituição de postes, um programa que tem como meta substituir cerca de 3 mil postes por ano em Santa Maria, e o bairro Juscelino Kubitschek está incluído neste plano.