Depois da demolição dos sanitários localizados nas praças Saturnino de Brito e do Mallet, o único banheiro público que restou em Santa Maria foi o da Praça Saldanha Marinho, no centro. Mas depender dele causa desconforto em muitos usuários, que reclamam do mau estado de conservação dos mesmos. A reportagem do Diário esteve no local, na manhã de sexta-feira, e constatou que há problemas de estrutura no local, usado por pelo menos 720 pessoas por dia.
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O primeiro tem relação à segurança: as portas de entrada dos banheiros masculino e feminino sumiram há, pelo menos, três meses. Segundo os funcionários tercerizados que fazem a limpeza do local, mesmo que agentes da Guarda Municipal façam ronda pela praça nada impede que haja ¿surpresas¿ pela manhã.
– Direto, tem camisinhas, entre outras coisas, jogadas pelo chão. Já vi gente fazendo sexo lá dentro – conta um funcionário que não quis ser identificado.
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A manutenção também tem problemas. No banheiro masculino, há cinco sanitários, mas só dois funcionavam, e as nove torneiras, estavam quebradas. No feminino, três dos oito vasos podiam ser usados. Das sete torneiras, cinco estavam estragadas.
– Somos xingados por conta dos vasos e torneiras não funcionarem – desabafou outro responsável pela limpeza.
O auxiliar de serviços gerais José Zilmer, 54 anos, usa o banheiro público com certa frequência, e elogia a limpeza do espaço, mas se queixa de vazamentos e problemas de iluminação. A aposentada Marlene Ferreira, 63, reclama dos vasos e torneiras quebrados.
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Reforma a caminho
Também há queixas pela falta de papel higiênico, que é entregue das 8h às 22h, horário em que os funcionários da limpeza atuam no local. A medida foi tomada porque vândalos jogavam rolos dentro dos vasos, causando entupimentos.
Aliás, o vandalismo é apontado pela prefeitura como uma das principais causas do fechamento dos banheiros públicos. Mas segundo o superintendente da Secretaria de Esportes e Lazer, Cristian Fabiano Leal Garcia, responsável pela manutenção das praças da cidade, serão consertados os vasos, as torneiras e as portas do local, num investimento de R$ 2 mil. Quando a reportagem saia do local, uma equipe da prefeitura chegou para consertar as torneiras.