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Foto: Renan Mattos (Diário)/
Os resultados das análises das amostras coletadas nos rios da região não apontaram a causa específica da morte dos peixes encontrados na região em meados de agosto. De acordo com o Batalhão Ambiental da Brigada Militar (BM), os laudos das amostras de água e dos animais mortos demonstraram que os peixes expostos não morreram por intoxicação de agrotóxicos ou pesticidas.
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- Recebemos os laudos dos três locais e tudo o que foi encontrado nos exames, que são produtos usados na lavoura, mas nada fora do normal. A partir desses resultados, estamos finalizando os relatórios de vistoria ambiental para encaminhar aos órgãos públicos - explica o comandante do batalhão, o major Clademir Machado Flores.
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Um parecer técnico elaborado pela Empresa TecPeixes SM Assistência & Aquapaisagismo, a pedido das prefeituras de Nova Palma e Faxinal do Soturno, demostra que as baixíssimas concentrações dos compostos encontrados no Rio Soturno não tiveram nenhuma influência na morte dos animais.
Desta forma, foi concluído que a mortandade dos peixes foi decorrente da eutrofização do corpo d'água, ou seja, acúmulo de matéria orgânica em estado de decomposição que ocasionou o crescimento e aumento da população de algas filamentosas e, consequentemente, a redução de oxigênio. Sendo assim, a morte dos peixes ocorreu por sufocamento, devido à baixa concentração de oxigênio dissolvido na água.
Segundo uma nota oficial da Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Nova Palma sobre o assunto, houve a ocorrência de um conjunto de fatores associados ao processo de eutrofização do corpo d'água como: baixo nível e vazão do curso d'água ocasionado pelo período de estiagem ocorrido antes do início das primeiras mortes de peixes, alta transparência da água combinada com grande incidência solar, e as quedas bruscas na temperatura.
O secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Faxinal do Soturno, Gilceu Luiz Casarin, recebeu os laudos nesta segunda-feira e reforçou já acreditava que a mortandade não era ocasionado por agrotóxicos.
- Não registramos mais mortes desde que choveu e limpou a água. Nunca tinha visto nada igual. Diz que é ocasionado por uma alga, mas foi descartada totalmente a possibilidade da causa ser contaminação por agrotóxico - destacou.
VISTORIA
Após a coleta de amostras, o Batalhão Ambiental chegou a fazer um mutirão em conjunto com as prefeituras de Nova Palma e Faxinal do Soturno para monitorar as águas, fazendo a vistoria nas localidades de plantio próximas aos locais em que os peixes foram encontrados mortos. Porém, nenhuma outra ocorrência ou alteração foi relatada.
Ao todo, foram coletadas três amostras no Rio Toropi, em São Martinho da Serra, e outras três no Rio Soturno, em Nova Palma, além de amostras dos peixes mortos, que foram enviadas ao laboratório da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). As análises ficaram prontas em 30 de agosto e, em 25 de setembro, o batalhão fez uma segunda vistoria nos locais, mas nada foi encontrado. Agora, o relatório de vistoria ambiental será remetido ao Ministério Público.
Ainda, a prefeitura de Nova Palma informou que continuará monitorando os pontos onde foi verificada a mortandade de peixes e que a equipe técnica está em processo de elaboração de um Projeto Técnico para repor, dentro do período que for propício, as espécies de peixes que foram perdidas devido a esse desequilíbrio ambiental ocasionado pelas condições climáticas extremas.