As audiências para ouvir os oito bombeiros réus do caso Kiss, que tramita na Justiça Militar, e que ocorreriam nesta terça e quarta-feiras, foram transferidas para fevereiro. O adiamento ocorreu a pedido do Ministério Público.
As sessões foram reagendadas, segundo a Auditoria Militar de Santa Maria, porque o promotor responsável pelo processo pediu informações à Corregedoria da Brigada Militar sobre o caso, mas os dados não chegaram a tempo.
Com isso, o interrogatório dos réus ficou para 2015. No dia 9 de fevereiro, a partir das 14h, serão ouvidos Moisés da Silva Fuchs, Daniel da Silva Adriano, Alex da Rocha Camillo e Gilson Martins Dias. No dia 10 de fevereiro, a partir das 9h30min, serão interrogados Vagner Guimarães Coelho e Renan Severo Berleze. À tarde, às 14h, Marcos Vinícius Lopes Bastide, Sérgio Roberto de Oliveira de Andrade.
O interrogatório dos réus é a última etapa antes do julgamento, que ainda não tem data para ocorrer. O julgamento é feito em plenário que é composto por cinco votos _ da juíza e dos oficiais da Brigada Militar que integram o Conselho Especial de Justiça que acompanha o processo.
Confira quem são os réus e os crimes pelos quais eles são acusados:
_ Acusação _ Inobservância da lei, regulamento ou instrução porque as inspeções feitas na boate em 2011 registraram a necessidade da troca de mangueiras do gás, mas não mencionaram a necessidade de instalação de uma central de gás. Assim, eles deixaram de observar as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e o Decreto Estadual 37.380/1997 (que se refere à iluminação e à sinalização)
_ Réus
Marcos Vinícius Lopes Bastide, soldado dos bombeiros que inspecionou a Kiss
Gilson Martins Dias, soldado que realizou a última vistoria na Kiss, em 2011
Vagner Guimarães Coelho, soldado que realizou a última vistoria na Kiss, em 2011
Renan Severo Berleze, sargento dos bombeiros que atua na análise dos Planos de Prevenção e Combate a Incêndio (PPCI) que chegam à Seção de Prevenção a Incêndio (SPI)
Sérgio Roberto Oliveira de Andrades, sargento que atua na Seção de Prevenção a Incêndio (SPI)
_ Pena _ De três meses a um ano de detenção
_ Acusação _ Prevaricação porque não aplicou as sanções que deveria diante da comprovação de que o sargento dos bombeiros Roberto Flávio da Silveira e Souza era gerente da Hidramix, empresa que realizou obras dentro da boate
_ Réu _ Moisés Fuchs, tenente-coronel, comandava o 4º Comando Regional de Bombeiros (4º CRB) na época do incêndio
_ Pena _ Seis meses a dois anos de detenção
_ Acusação _ Inserir declaração falsa com fim de alterar a verdade em documento público
_ Réus
Moisés Fuchs, tenente-coronel, comandava o 4º Comando Regional de Bombeiros (4º CRB) na época do incêndio na Kiss
Alex da Rocha Camillo, capitão que assinou o segundo alvará dos bombeiros para a boate
Daniel da Silva Adriano, tenente-coronel da reserva que assinou o primeiro alvará dos bombeiros para a boate
_ Pena _ Detenção de até cinco anos, se o documento é público, e de até três anos, se é particular