Importância da doação de Medula Óssea é enfatizada em semana de mobilização nacional

Arianne Lima

Importância da doação de Medula Óssea é enfatizada em semana de mobilização nacional
Desde 2009, quando foi sancionada a Lei 11.930, uma série de atividades e ações ocorre em todo o país para incentivar a doação de Medula Óssea e a captação de doadores. De 14 a 21 de dezembro, quando está estabelecida a semana de mobilização, esclarecimentos sobre o processo ganham visibilidade, assim com a importância do ato.

A importância do doador

Apenas cerca de 25% das famílias brasileiras contam com um doador ideal. Consequentemente, 75% dos pacientes precisam de um doador alternativo, que será encontrado a partir dos registros de voluntários, bancos públicos de sangue de cordão umbilical ou, em alguns casos, em familiares parcialmente compatíveis, também chamados de haploidênticos.

No país, a chance de se identificar um doador compatível na fase preliminar de busca é de até 88% e ao final do processo, 64% dos pacientes têm este doador confirmado. Perante estes dados, faz-se necessário contar com um sistema que proporcione entre rastreamento.

O que é o Redome?

Em todo o mundo, cerca de 39 milhões de potenciais doadores de medula óssea estão registrados em sistemas. No Brasil, mais de 5,5 milhões de pessoas cadastradas no Registro nacional de doadores voluntários de Medula Óssea (Redome), coordenado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca).

Por conta do número, o Redome é considerado a terceira maior rede do mundo, ficando atrás apenas dos sistemas americano e alemão. Conforme dados disponibilizados pela plataforma, há 368.402 doadores de Medula Óssea cadastrados no Estado. Em Santa Maria, são mais de 10 mil pessoas.

Ao contrário dos demais órgãos, a doação de medula óssea segue um processo mais simples, sendo possível se cadastrar em qualquer hemocentro do Estado para ser doador voluntário. Desde a Portaria 685, de 16 de junho de 2021, foi publicada, a idade limite para se registrar como doador, que é de 35 anos. Porém, a mudança é referente apenas ao cadastramento, uma vez que é possível realizar a doação de medula óssea até os 60 anos.

Outros critérios também precisam ser considerados como boa saúde e não ter doenças infecciosas, neoplásticas, hematológicas ou do sistema imunológico. 

Como funciona o processo:

O voluntário deve comparecer a um hemocentro da região para se cadastrar como doador de medula óssea

Além de documento com foto, será necessário fornecer dados de identificação e localização. O doador deverá assinar um termo de consentimento, no qual se compromete com a causa e com as etapas a serem seguidas

Após o cadastro e assinatura do termo, é coletada uma amostra de sangue (10 mL) do doador voluntário

A equipe do hemocentro fará o cadastro inicial dos dados no Redome e encaminhará a amostra para um hospital habilitado para a realização do exame de compatibilidade, conhecido como Tipagem do sistema Antígenos Leucocitários Humano (HLA)

É importante que o doador cadastrado mantenha os dados no sistema atualizados

Caso haja paciente compatível, o Redome entrará em contato com o doador, que será convocado para fazer novos exames

Somente após todas estas etapas concluídas, o voluntário poderá ser considerado apto e realizará a doação

Cadastre-se no Hemocentro Regional de Santa Maria

Horário de atendimento para cadastro de doador de medula óssea – De segunda a sexta das 8h às 14h e sempre no terceiro sábado do mês das 8h às 12h

Endereço – Alameda Santiago do Chile, 35, Nossa Senhora das Dores

Fone– (55) 3221.5262 ou 3221.5192

E-mail – [email protected]

Foto: Arianne Lima (arquivo/Diário) Após a assinatura do termo de comprometimento, o voluntário terá uma amostra de sangue encaminhada para um hospital habilitado, que fará a realização do exame de compatibilidade HLA

Transplantes

O procedimento é semelhante a uma transfusão e leva, em média, duas horas para ser realizado. As principais doenças tratadas com o transplante de medula óssea são a leucemia, anemia aplástica, anemia de Fanconi, síndromes provocadas pela deficiência medular, linfomas, mieloma múltiplo, hemoglobinopatias, tumores no testículo e neuroblastomas.

Conforme o Redome, atualmente, quatro hospitais estão habilitados para fazer o procedimento cirúrgico na região Sul do país. São eles: o Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná e o Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, no Paraná; o Hospital de Clínicas e a Irmandade Santa Casa da Misericórdia, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.

Em 2022, a Central de Transplantes do Estado contabilizou 15 transplantes na modalidade não-aparentado, ou seja, que contaram com a busca de um doador compatível no sistema.

Transplantes de medula óssea no Rio Grande do Sul*

Autólogo – 206

Aparentado – 67

Não-Aparentado – 15

Total – 288

Número de transplantes de Medula Óssea a partir da modalidade não-aparentado em 2022

Janeiro – 2

Fevereiro – 0

Março – 1

Abril – 2

Maio – 1

Junho – 2

Julho – 0

Agosto – 3

Setembro – 3

Outubro – 1

Novembro – 0

Dezembro – 0

Total – 15

*Atualizado em dezembro de 2022

Fonte: Central de Transplantes do Rio Grande do Sul

Arianne Lima – [email protected]

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