Há quase três anos, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Dom Luiz Victor Sartori, no Bairro Nonoai, enfrenta uma polêmica e aguarda por solução. É que o muro que fica na Travessa Ceará precisou ser reformado, em 2019, e o portão de acesso ao pátio da instituição foi construído em frente a uma árvore, impedindo a passagem de veículos. Mesmo depois de tanto tempo, a prefeitura de Santa Maria não deu prazo para resolver a situação.
Desde então, a polêmica faz parte da rotina escolar. Na época, o episódio chamou atenção da comunidade e também de vizinhos. Em função do dilema, o espaço de quase 1.000 m², que hoje tem grama, não pode ser utilizado na escola. A ideia da direção é fazer um projeto para que as crianças possam usufruir do local com quadra de areia, futebol, vôlei, um pomar e, mais que isso, fazer um espaço de estacionamento para professores e pais, o que ajudaria em dias de chuva.– Hoje em dia, os professores deixam os carros na rua, mas não dá, é perigoso. Em dias de chuva pode ajudar para os pais pegarem e deixarem as crianças aqui – reforça a diretora da escola, Marta Helena Bohrer Scherer.
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Longa espera
De acordo com a diretora, uma solução é aguardada desde a reforma do muro. O Executivo municipal, segundo ela, ainda estaria elaborando os projetos para licitação.– Nos prejudica muito, porque não tem acesso por ali. Inclusive se precisar entrar uma ambulância não tem como. A comunidade escolar nos cobra e a gente cobra da prefeitura, mas eles disseram que ainda estão esperando os projetos do muro para encaminhar a licitação – desabafa.Porém, este não é o único problema enfrentado pela escola. Segundo a direção, há cerca de 10 anos a instituição aguarda a reforma dos banheiros. O piso está em desnível e apresenta rachaduras.– O banheiro feminino está com problema na estrutura, afundando o piso, e as divisórias dos sanitários estão descolando da parede. A gente passou o banheiro masculino para dividir com o banheiro dos professores, e as meninas estão no banheiro lá de baixo. Está tudo em más condições e não queremos mais banheiros químicos. As pequenas reformas que foram feitas aqui foram tudo com recursos da escola e com ajuda dos pais. Essa situação é complicada – destaca a diretora.
Polêmica
A vice-diretora Rosemara Glanzel mora próximo à escola e acompanhou a reforma do muro, que teve início ainda em 2018:– Eles foram construindo, e eu observei que o portão ia ficar bem em frente à árvore. Antigamente, o portão era um pouco ao lado, mas eles continuaram o projeto e o portão ficou bem em frente da árvore.A aposentada Edi Maciel Teixeira, 79 anos, mora na rua lateral da escola e acompanhou todo o desdobramento:– É uma coisa inusitada. A gente viu que tinha algo de errado. Eu até pensei que iam derrubar a árvore, mas não pode mais. Acho que vão ter que mudar o portão de novo.A escola atende, diariamente, cerca de 325 estudantes da Educação Infantil até alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA).
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