Saúde

Husm implanta Método Canguru para aproximar mães e bebês

Gabriela Perufo

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Quando Esther Rodrigues de Matos nasceu, em 18 de junho deste ano, pesava pouco mais de 800 gramas. A segunda filha da dona de casa Vanessa dos Anjos Rodrigues, 32 anos, veio ao mundo assim que a mãe completou 29 semanas de gestação, bem antes do tempo ideal (40 semanas). Desde então, Esther está internada na unidade de tratamento intensivo do recém-nascido (UTI-RN) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm). Além de receber todos os cuidados da equipe de saúde, a pequena ganha atenção especial: a presença da mãe, que, mesmo depois da alta, pode ficar diariamente perto da filha graças ao método Canguru, desenvolvido na instituição.

Todas as manhãs, Vanessa, que é de Itaqui e está hospedada na casa de uma amiga em Santa Maria, vai ao hospital. Ela fica com a filha, no mínimo, 12 horas. A maneira como segura a pequena no colo, de modo que ambas fiquem em contato pele com pele, é o que se chama de método canguru. A política especial de atenção aos recém-nascidos vai melhorar a vida de Esther, da mãe dela e de outros bebês prematuros.

– Chega a dar uma dor no coração na hora de ir embora e saber que ela vai ficar aqui. Acho que minha presença ajuda bastante. Tenho percebido ela bem calma – relata Vanessa.

A angústia da mãe não deverá apertar o coração de outras que precisam deixar os pequenos no hospital. Isso porque, nos próximos dias, deve começar uma reforma na brinquedoteca, ao lado da UTI-RN, para a criação da Unidade Canguru. O espaço conseguirá abrigar cinco leitos, onde mães e pais poderão passar a noite. Ou seja, o espaço vai permitir a convivência de pais e filhos 24 horas por dia.

A previsão é que o espaço comece a receber as famílias em setembro. Enquanto isso, uma equipe capacita os funcionários. A médica neonatologista Beatriz da Silveira Porto, que também é professora do departamento de Pediatria da UFSM, é uma das idealizadoras do projeto no Husm. Ela explica que o método canguru tem três etapas: a primeira, durante a gestação; a segunda, quando a criança tem condições clínicas do contato pele a pele com a mãe; e a terceira, quando o bebê deixa o hospital, mas segue o acompanhamento.

– Vamos implementar agora a segunda etapa. Por enquanto, isso é feito de forma parcial. Esta fase auxilia muito na estabilidade térmica do bebê, ajuda no desenvolvimento, estimula o vínculo, o apego e o aleitamento. A posição visa uma alta mais precoce da criança – explica Beatriz.

 

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