O maior hospital público do interior do Estado ganhou outro título ontem: o de centro de referência no atendimento de vítimas em situação de violência.
Na manhã de ontem, a equipe do Grupo de Trabalho Integrado de Enfrentamento às Violências do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) capacitou a primeira turma multiprofissional que irá realizar o atendimento de vítimas de violência sexual acima de 15 anos.
O serviço funciona de portas abertas, ou seja, não precisa haver encaminhamento médico nem apresentar carteirinha do SUS. Além disso, a vítima não precisa passar pelas unidades básicas de saúde. Ela pode se dirigir ao pronto-socorro do Husm, que atende 24 horas. A vítima que não tiver o registro de ocorrência policial será atendida da mesma forma. O documento não é obrigatório. A ideia é facilitar que a vítima busque atendimento sem constrangê-la.
De acordo com a enfermeira Vergínia Rossato, do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, esse foi o primeiro passo para melhorar e ampliar o atendimento em rede às vítimas. Ontem, foi apresentado, passo a passo, o protocolo operacional do atendimento imediato às vítimas em situação de violência (suspeita ou ato consumado) e os procedimentos de acolhimento, exame clínico e encaminhamentos.
É uma emergência
Hoje, atuam na equipe duas enfermeiras e uma médica. A ideia, em um futuro não tão distante, é que o acompanhamento seja feito, também, por psicólogos e assistentes sociais, em uma sala própria e de forma emergencial.
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