Homem é preso 29 anos após assassinar a noiva em São Gabriel

Igor Müller

Homem é preso 29 anos após assassinar a noiva em São Gabriel
Foragido foi detido na França em 2018, após ter nome incluído em lista de procurados internacionais da Interpol. Foto: Polícia Federal (Divulgação)

Após ficar quase 30 anos desaparecido no Exterior, o foragido Paulo Afonso Corrêa de Bem, 50 anos, irá cumprir pena de prisão por ter assassinado a noiva em 1993, em São Gabriel. Ele foi preso na França e extraditado para o Brasil, onde chegou na quinta-feira.

Paulo Afonso teve seu nome incluído, em maio de 2017, na lista de procurados internacionais Difusão Vermelha, da Interpol. A extradição foi concedida pelas autoridades francesas em setembro de 2021.

O réu havia sido condenado pelo assassinato da professora de educação física Núbia Beatriz da Fontoura Farias, 23 anos, sua noiva na época. Ele tinha 21 anos e teria executado Núbia com um tiro de revólver calibre 38 nos fundos da casa onde os dois moravam, na Rua Antônio Maria de Ávila, no Bairro Três de Outubro. O crime teve grande repercussão na época no município.

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Paulo Afonso estava desaparecido desde o dia do crime. Ele foi condenado por homicídio qualificado em 30 de maio de 2011. A pena imposta pela Justiça foi de 16 anos de prisão. Como estava desaparecido, o julgamento ocorreu à revelia, ou seja, sem sua presença. Desde então, era considerado foragido da Justiça brasileira.

O réu chegou ao Brasil na quinta-feira e desembarcou na manhã de sexta no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre. O homem, que é natural de Canoas, vai cumprir a pena em um presídio do Estado, mas a cidade não foi revelada.

SOLDADO

Conforme o site Gaúcha ZH, ao fugir do Brasil, Paulo Afonso se alistou na Legião Estrangeira, um grupo militar que aceita pessoas de outros países. Na legião, lutou pela França em duas guerras. Por isso, conseguiu cidadania francesa e trabalhava com segurança privada em uma cidade do país europeu. Ele teria sido preso enquanto fazia um serviço de escolta, e ficou dois anos detido na França antes de vir para o Brasil.

Foto: Polícia Civil (Divulgação)

A extradição mobilizou a Polícia Federal, a representação da Interpol no Brasil (a PF), a Interpol na França, a Representação Regional da Interpol no Rio Grande do Sul, a delegacia da Polícia Federal em Santana do Livramento e o Ministério das Relações Exteriores.

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ALENTO PARA A FAMÍLIA DA VÍTIMA

O irmão de Núbia, Jaime Roberto da Fontoura Farias, hoje com 58 anos, afirmou que a prisão e a extradição do assassino é um grande alívio para a família da vítima. Emocionado, ele disse que a mãe e a avó de Núbia morreram sem ver a justiça ser feita, mas que ele sempre teve esperança de que um dia Paulo Afonso seria preso

– Fico até emocionado, porque ver uma mãe ter de enterrar a própria filha não é uma coisa normal. A Justiça pode tardar, mas não falhar. Esse caso mostra que é preciso ter esperança – desabafou Farias.

Por Lenon de Paula

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