Foto: Nathália Schneider (Diário)
O filho Júlio e a nora Gilceia se despedem de Aristilda
Era começo da tarde desta quarta-feira (25), quando as primeiras pessoas chegavam na Câmara dos Vereadores de Santa Maria para se despedir de Aristilda Rechia, fundadora e presidente da Associação Santa-mariense de Letras. Familiares, amigos e representantes do Exército Brasileiro e da Brigada Militar marcaram presença no local.
Aristilda tinha 84 anos e estava internada no Complexo Hospital Astrogildo de Azevedo, quando, no início da manhã desta quarta, sofreu um infarto e não resistiu.
Além da Associação Santa-mariense de Letras, ela era poeta, escritora, pesquisadora, orientadora de Artes Cênicas e compôs hinos oficiais de diversas cidades, inclusive o de Santa Maria. Representando o Exército Brasileiro, coronel Ferrari, 49 anos, é enfático ao lembrar o legado que ela deixará na cidade:
– A dona Aristilda foi autora da Canção do Parque Militar, que ajudou a construir a nossa história. Seu legado deixado para uma organização que está totalmente integrada à cidade, é uma canção bonita de uma cidadã santa-mariense. Isso nunca será apagado.
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Além do legado cultural, Aristilda também deixará saudade na família. Ela era viúva de João Teixera Porto, com quem dividiu a vida por 34 anos. Deixa dois filhos, seis netos e uma bisneta. Bastante emocionado, Júlio Arilon de Bitencourt, um de seus filhos, relata que sua mãe era apaixonada pela família.
– Tem um legado público, nas Letras, na Cultura, além de mãe. Desde pequena, sempre batalhou dando aulas para criar os filhos. Era uma matriarca, uma mãezona, que sempre quis a família perto de si. Ela gostava de reunir todos para cantar, declamar e de transferir essa paixão pela cultura para os netos.
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Uma segunda mãe. Assim ela foi definida pela sua nora, Gilceia Baldissera de Bitencourt, 63 anos, que se considerava "uma filha de Aristilda".
– Minha mãe de coração, com certeza. Vai deixar muita saudade. Eu só tenho que agradecer a ela, pois sempre tivemos momentos maravilhosos juntas. A casa dela sempre foi um local de acolhimento, onde a gente se reunia, cantava e se divertia. A vida era uma festa com ela.
Despedida
Ao longo da tarde e noite desta quarta-feira, Aristilda segue sendo velada na Câmara dos Vereadores. Seu enterro será realizado na quinta-feira (26), às 11h, no Cemitério São José.