Caso Kiss

Familiares de vítimas pedem explicações sobre nova denúncia

Lizie Antonello

Um grupo de parentes de vítimas da tragédia na boate Kiss se reunirá com representantes do Ministério Público às 11h desta sexta-feira.

Segundo Flávio da Silva, do Movimento Santa Maria do Luto à Luta, a ideia é saber como os promotores agirão em relação ao inquérito policial que indiciou 18 pessoas em julho deste ano por crimes de falsidade ideológica, falso testemunho, fraude processual, prevaricação e crimes contra a administração do Meio Ambiente.

Um dos promotores que tratam do caso, Maurício Trevisan, reafirmou o que o colega Joel Dutra já havia adiantado tempos atrás: mais pessoas serão denunciadas.

_ Todas as pessoas que realizaram a consulta popular, feita para a abertura da boate, e as que assinaram o documento e não moravam no entorno da boate cometeram crime de falsidade ideológica e serão denunciadas _ disse Trevisan.

A consulta é um documento que recolheu assinaturas de vizinhos da casa noturna dizendo que concordam com a abertura. No caso da Kiss, a consulta foi fraudada, segundo a Polícia Civil, já que apenas 21 das 60 pessoas que foram favoráveis à abertura da boate moravam no raio de 100 metros do prédio, o que é exigido pela lei. Foram indiciados por falsidade ideológica por fraudar a consulta os antigos donos da Kiss, Alexandre Silva da Costa e Tiago Flores Mutti, além do pai de Tiago, Santiago Mugica Mutti, que teria ajudado no recolhimento das assinaturas.

A inserção de declaração falsa no documento caracteriza falsidade ideológica. Para o MP, da mesma forma, as pessoas que assinaram o papel cujo cabeçalho explicava do que se tratava o documento incorreram no crime.

Ainda conforme Trevisan, a denúncia não foi finalizada. Isso deve ocorrer nos próximos dias.

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