Eu, uma mãe narcisista?

Esses dias gravamos um programa do Jogo de Cintura que foi desafiante. Falávamos das relações entre pais e filhos como os casos Britney Spears e Jennette McCurdy,  Michael Jackson e o pai Joseph Walter Jackson, onde talvez a fama e o dinheiro tenham tornado a relação muito diversa das cotidianas. No programa citamos vários pais que se tornaram verdadeiras torturas na vida dos filhos famosos. Registra-se que falamos a partir do que está na mídia.

Respeitada as devidas proporções e realidades, fiquei pensando se sou ou não uma mãe abusiva, narcisista, que passa do limite saudável da relação de mãe e filho. Até respondi algumas perguntas para Carla, num teste, e a princípio não sou, mas achei por bem buscar um pouco mais de informações sobre o assunto para conversar com vocês.

Conhecemos bem o velho Narciso da mitologia grega que se apaixona por sua própria imagem refletida nas águas e acaba afogado. A partir desta referência surge o narcisismo que é usado para descrever a personalidade de quem se apaixona por si mesmo e por isso compromete as relações que estabelece com as outras pessoas, sejam colegas de trabalho, amigos ou filhos. Por tanto uma mãe ou pai pode ser uma pessoa narcisista e apresentar o narcisismo materno patológico. Nesse caso seu perfil é caracterizado por uma opinião elevada sobre si mesmo que exige admiração constante porque acredita ser superior aos outros, inclusive aos filhos. 

Ao sentir-se num pedestal, como ser superior e relegar as demais pessoas como inferiores gera uma série de comportamentos abusivos que acabam prejudicando a saúde mental das pessoas que a rodeiam. Os filhos, como crianças ou adolescentes, vão sofrer muito neste contexto.

A psicóloga Ayde Câmara, nos apresenta alguns comportamentos comuns de mães narcisistas que servem de sinais que podemos observar com atenção: 

De pronto ela nos coloca que as mães narcisistas têm falta de empatia ou a  incapacidade de se colocar no lugar do outro ou de validar os sentimentos de terceiros.  Demonstram a necessidade constante de ser o centro das atenções; se sentem extremamente especiais, tendo um sentimento exagerado de auto importância em detrimento dos outros; exercem sem qualquer pudor a exploração de terceiros, e os filhos são vítimas em potenciais para obter ganhos pessoais; apresentam sinais de arrogância no seu modo de falar e fazer as coisas cotidianas; apresentam uma preferência explícita por um determinado filho; fazem um jogo perigoso se comparando e enaltecendo uma pessoa para ferir as outras; são hábeis em manipular e chantagear para conseguir o que querem sem qualquer preocupação com o desejo dos demais; tem fixação por fantasias de poder e jogos onde possa ter um espaço de superioridade. 

São muitos aspectos que podemos observar para ver se nos enquadramos em um ou mais aspectos, na dúvida busque mais informações e, ao fazer isso, estamos trilhando o salutar caminho do autoconhecimento, tão importante para que possamos estar bem, gerenciar nossas vidas e principalmente estabelecer uma relação saudável com quem mais amamos, nossos filhos.

Saliento que aqui são aspectos importantes a serem considerados, mas com certeza a busca de um profissional qualificado é fundamental, até mesmo porque existem muitas outras variáveis a serem consideradas, por isso, entenda estas linhas como um “lampejo”, uma “singela provocação” ao tema.

O Jogo de Cintura é um programa incrível, onde conversamos sobre muitos temas interessantes, alguns nos tocam mais profundamente, nos faz pensar, analisar o nosso comportamento, atitudes e provar mudanças que são naturais às pessoas que estão sempre em evolução. 

Vamos juntos, nos acompanhe a partir das 13h30min., pela CDN (93.5 FM), TV Diário (canais 26 e 526 da NET), no YouTube, no site do Diário e pelo aplicativo Grupo Diário, disponível para smartphones Android e IOS. Reprise na TV Diário sempre às 20h30min e às 2h30min, e na rádio CDN às 23h30min. As edições também ficam disponíveis no canal do YouTube do Diário de Santa Maria.

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