Estudo aponta que quarta dose contra a Covid-19 pode reduzir pela metade risco de óbito pela doença

Redação do Diário

Estudo aponta que quarta dose contra a Covid-19 pode reduzir pela metade risco de óbito pela doença
O Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) divulgou nesta semana mais uma das análises que relaciona a situação vacinal e os riscos de hospitalização e óbitos pela covid-19. O levantamento reforça que, quanto mais doses recebidas, mais protegida a pessoa está.

Santa Maria vacinará pessoas com 70 anos ou mais com doses bivalentes contra a Covid-19 neste sábado

Semana terá cinco ações de vacinação contra Covid-19 para adultos e crianças

O segundo reforço, para quem tem mais de 40 anos, mostrou-se capaz de reduzir em cerca da metade as chances de morte pela doença, em relação a quem tinha apenas o primeiro reforço. Nas demais faixas etárias, o primeiro reforço também registrou uma significativa redução nos riscos de hospitalizações em adultos de 18 a 39 anos e adolescentes de 12 a 17 anos, assim como o esquema completo para crianças de 5 a 11 anos.

Entretanto, de acordo com o Painel de monitoramento da Imunização Covid-19 do Rio Grande do Sul, mais de 5,7 milhões de pessoas com alguma dose em atraso. Ter o esquema primário completo, composto por duas doses ou dose única, é um dos critérios para a vacinação com a dose bivalente, além de se enquadrar nos grupos prioritários, que neste momento é indicada para os idosos que vivem em instituições de longa permanência e pessoas com 70 anos ou mais.

O levantamento foi realizado a partir dos dados de hospitalizações e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrados entre os meses de abril de 2022 a janeiro de 2023 no Estado. Esses dados foram cruzados então com os registros de vacinados do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações.

Redução nas chances de morte

A base de dados relacionou cerca de 2,4 mil óbitos em virtude do coronavírus ocorridos no período no Estado. Desses, 97% aconteceram em pessoas com 40 anos ou mais, sendo 86% do total em idosos com mais de 60 anos. Por representar esse maior risco, são as faixas etárias para as quais passou a ser orientada a vacinação com o segundo reforço.

Entre a população de 40 a 59 anos, as pessoas com segundo reforço apresentaram uma taxa de mortalidade 2,1 vezes menor do que quem tinha apenas o primeiro reforço. Essa proporção foi quase três vezes maior para pessoas apenas com o esquema primário completo e 10 vezes para quem não tinha o esquema primário completo (apenas uma dose no esquema de duas doses ou nenhuma dose recebida).

Entre os idosos, os que tinham o segundo reforço apresentaram uma taxa de mortalidade 1,7 vezes menor do que os que tinham apenas o primeiro reforço. Essa razão foi 3,5 vezes maior para quem tinha somente o esquema primário e sete vezes para quem não tinha o esquema primário completo.

Taxas de mortalidade (por 100 mil pessoas por ano) segundo situação vacinal

40 a 59 anos  

Sem esquema primário completo: 36,54

Esquema primário completo: 10,29

Com a primeira dose de reforço: 7,45

Com a segunda dose de reforço: 3,55

60 anos ou mais 

Sem esquema primário completo: 428,39

Esquema primário completo: 222,21 

Com primeira dose de reforço: 105,42

Com a segunda dose de reforço: 62,97

Diminuição de hospitalizações em crianças, adolescentes e adultos jovens

Para as faixas etárias abaixo dos 40 anos, a análise foi feita com base nas hospitalizações por SRAG, visto que o número absoluto de óbitos pela covid-19 foi baixo no período selecionado. Ao todo, foram 731 internações em virtude do coronavírus notificadas no intervalo em pessoas dos 5 aos 39 anos.

Os adultos jovens (dos 18 aos 39 anos) que tinham o primeiro reforço tiveram uma taxa de SRAG 1,2 vez menor do que quem tinha somente o esquema primário e 2,1 vezes menor do que quem não tinha o esquema primário completo.

Os adolescentes (de 12 a 17 anos), por sua vez, que tinham o primeiro reforço registram uma taxa 1,7 vez menor do que quem tinha o primeiro reforço e 2,3 vezes menor em relação a quem não tinha o esquema primário completo.

Entre as crianças de 5 a 11 anos, ainda não foi considerada a vacinação de reforço. Contudo, a análise apontou o esquema completo de duas doses teve um efeito reduzindo em 2,3 vezes as chances de hospitalizações.

Taxas de SRAG (por 100 mil pessoas por ano) segundo situação vacinal

5 a 11 anos 

Sem esquema primário completo: 13,33

Esquema primário completo: 5,72

12 a 17 anos 

Sem esquema primário completo: 10,85

Esquema primário completo: 7,74

Com primeira dose de reforço: 4,63

18 a 39 anos 

Sem esquema primário completo: 30,30

Esquema primário completo: 17,09

Com primeira dose de reforço: 14,59

*com informações da SES

Leia todas as notícias

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Familiares e vítimas da Kiss promovem vigília em Porto Alegre pedindo por justiça Anterior

Familiares e vítimas da Kiss promovem vigília em Porto Alegre pedindo por justiça

Basílica da Medianeira é um espaço de lazer aberto à comunidade em Santa Maria Próximo

Basílica da Medianeira é um espaço de lazer aberto à comunidade em Santa Maria

Geral