Um mês e uma semana depois de ocuparem a Escola Estadual Cilon Rosa, os estudantes decidiram, na noite deste domingo, liberar a instituição. Mas, de acordo com a vice-diretora do turno da manhã, Eliane Seeger, os alunos ainda precisam recolher alguns pertences que foram deixados nas salas de aula. Nesta segunda pela manhã, a faixa que anunciava a ocupação não estava mais na frente da instituição.
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– Ontem (no domingo) à noite, eles avisaram a diretora que iam sair e saíram. Mas ainda tem coisas deles aqui na escola. Os alunos se comprometeram a vir buscar tudo ao longo desta semana – diz a vice-diretora.
O Cilon foi a primeira escola estadual a ser ocupada na cidade. Durante o tempo em que ficaram na instituição, os alunos abriram as portas da escola para a imprensa em uma oportunidade, durante uma coletiva, e promoveram diferentes atividades culturais.
O colégio também recebeu serviços de manutenção feitos pelos estudantes e, segundo a direção, está tudo em ordem. No entanto, a escola ainda não está recebendo alunos em decorrência da greve dos professores (no Cilon, todos os docentes aderiram à mobilização). Na sexta-feira, os professores decidiram, em assembleia, manter a paralisação. Dois dias antes, os professores de Santa Maria já haviam decidido por manter a paralisação.
Na página da Ocupa Cilon, no Facebook, os estudantes deixaram um recado justificando a desocupação:
"Em decorrência de uma série de fatos, chegamos ao ápice da ocupação da E.E.E.M Cilon Rosa, sendo assim resolvemos DESOCUPAR a escola, mas continuaremos na luta dos secundaristas. Muito obrigado a todos que fizeram parte desse momento inenarrável para a história".
Com a desocupação do Cilon, agora, são cinco as instituições tomadas por estudantes na cidade: Augusto Ruschi, Margarida Lopes, Olavo Bilac, Maria Rocha e Manoel Ribas. As escolas Walter Jobim e Tancredo Neves, que também haviam sido ocupadas, já foram liberadas pelos alunos.
Na página da Augusto Ruschi no Facebook, o último post convida a comunidade a visitar a escola. Já na do Maneco, a última publicação mostra fotos de uma atividade artística sediada na instituição. Na página do Bilac na rede social, os alunos reafirmam a ocupação e pedem doações. Nas página do Maria Rocha e do Margarida Lopes, as últimas publicações são de 16 e 20 de junho, respectivamente.
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