Um dos viadutos previstos é no entroncamento com a Travessa Adão Comassetto, que dá acesso a condomínios e ao Clube Dores. Foto: arquivo
No final de março ou início de abril, o escritório de engenharia Engemin, de Pinhais (PR), deve entregar os primeiros esboços do projeto de duplicação da Faixa Nova de Camobi. Os estudos começaram em novembro passado, com a coleta de uma série de informações, como tráfego diário em cada ponto da rodovia, índices de acidentes, medições de topografia e análise de vias e bairros do entorno. A partir desses dados, a empresa de engenharia vai encaminhar, ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), uma primeira proposta de como deve ficar o projeto para duplicar os 9 km da RSC-287, entre o trevo da Estação Rodoviária e o trevo do aeroporto.
Com base nesse esboço, os engenheiros e técnicos do Daer vão fazer análises e apontar se o que a Engemin propôs está de acordo com as necessidades para duplicar a rodovia e com a disponibilidade de verbas. Afinal, a proposta inicial do Daer prevê que sejam feitos três viadutos ao longo dos 9 km. Porém, a partir da realidade encontrada pelos estudos da Engemin, existe a possibilidade de a empresa propor ou não mais viadutos e outras obras, como passarelas.
Essas informações foram obtidas por meio de fontes da coluna, pois a empresa Engemin não comenta o assunto. Portanto, ainda não é possível saber se a previsão inicial, de viadutos só na rotatória da UFSM, no trevo de Pains e na Travessa Adão Comassetto (acesso asfaltado aos condomínios e à sede campestre do Dores) será mantida ou se a empresa vai indicar a necessidade de fazer viadutos em outros pontos da rodovia.
Já o Daer, ao ser questionado se há novidades na elaboração do projeto, informou apenas o seguinte: “Ainda não foi apresentado o plano funcional. Não há, portanto, como responder a esses questionamentos. Estão em fase de estudos.” Mas a tendência é que até abril, sejam apresentados os primeiros esboços das propostas do projeto.A partir desse plano funcional, o Daer pode pedir correções e vai definir o que deve prever o projeto de duplicação da Faixa Nova, para a Engemin finalizar os trabalhos e fazer os projetos de terraplenagem, drenagem, pavimentação, iluminação e dos viadutos, passarelas e ciclovias.
Há também um pedido da prefeitura para que seja incluído corredor exclusivo de ônibus na Faixa Nova ou que, ao menos, seja deixado espaço para a construção futura de um corredor só para o transporte coletivo, para fazer a ligação Centro-UFSM. Resta saber se o projeto vai prever ou não isso.
A previsão do contrato é que todos os projetos para a obra de duplicação sejam entregues até novembro deste ano. Em trabalhos como esse, até pode haver aumento de prazo. Só depois disso é que o Estado vai saber quanto custará para duplicar os 9 km e poderá correr atrás de verbas para lançar a licitação e fazer a obra em si.