Enxame de abelhas invade casa e obriga mulher e três filhas a deixar imóvel em Santa Maria

Deni Zolin

Enxame de abelhas invade casa e obriga mulher e três filhas a deixar imóvel em Santa Maria

Enxame invadiu a cozinha e se alojou no armário de Ana Simon, que mora na Nova Santa Marta. Ela está fora de casa há cinco dias. Foto: arquivo pessoal

Imagine estar do lado de fora de casa e ver um enxame de abelhas simplesmente invadir a cozinha do imóvel, sem ter como impedir a “ocupação irregular”? E o pior: ter de sair da residência, com as três filhas, de 11, 6 e 2 anos, porque nem bombeiros nem a prefeitura podiam retirar as abelhas, que ficaram alojadas no armário da cozinha, em meio a frascos de azeite e vinagre. É esse drama que vive a desempregada Ana Simon, 28 anos, e a família, que tiveram de ir para a casa da mãe dela, desde a quinta-feira passada, para não serem atacadas pelos insetos. Elas moram na Nova Santa Marta, em Santa Maria.

— No primeiro dia, entraram algumas e que fiz fumaça e elas foram embora. Depois, eu estava no lado de fora de casa e o enxame entrou de uma vez só e ficou no armário da cozinha. Liguei para Bombeiros, Defesa Civil e Meio Ambiente, mas me disseram que não têm estrutura para retirar o enxame e me orientaram a chamar um apicultor. Só que eles cobram e eu estou desempregada. Ainda bem que ninguém foi picado, mas tivemos de sair de casa — conta Ana, indignada com a falta de apoio do Poder Público em um caso que poderia virar um acidente grave.

Nesta terça (7), completaram-se cinco dias da invasão. Ana e as filhas tiveram de se abrigar na casa da mãe dela porque duas das meninas são alérgicas. Depois de muitos pedidos de ajuda, até nas redes sociais, ela conseguiu que um apicultor aceitasse fazer a remoção do enxame sem cobrar. Ele deve ir na noite desta terça até a casa para socorrer a família, fazendo o serviço sem cobrar, segundo Ana.

O Diário questionou a prefeitura e o Corpo de Bombeiros. A assessoria de imprensa da prefeitura informou o seguinte: “Esse tipo de caso não é atribuição da Secretaria de Meio Ambiente. Não há um profissional habilitado para fazer esse tipo de remoção. Nesses casos, a dona da residência precisa contratar uma empresa habilitada para fazer a remoção ou acionar uma associação de apicultores, pois eles contam com profissionais habilitados para tal. Em caso de uma emergência, se as abelhas estão picando pessoas em via pública, por exemplo, a orientação é acionar o Corpo de Bombeiros.”

Já os bombeiros responderam com a seguinte explicação: “As ocorrências com abelhas têm um tratamento específico. Em termos de atendimento de Bombeiros, quando a situação é emergencial (oferece risco à saúde e/ou à vida), é feito o extermínio da colmeia e das abelhas. Se não for emergencial, é sugerido que a parte interessada procure um apicultor. Isto é, o Corpo de Bombeiros somente pode atuar (exterminar) quando estão atacando as pessoas, pois as abelhas são protegidas por lei federal e sua extinção somente se autoriza nos casos emergenciais.”

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