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Entidades se posicionam sobre bandeira vermelha em Santa Maria e temem 'demissão em massa'

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Foto: Renan Mattos (Diário)

Durante o sábado, começaram a circular pelas redes sociais alguns áudios de pessoas que afirmavam que iriam abrir seus estabelecimentos comerciais de qualquer forma, mesmo que Santa Maria permaneça na bandeira vermelha. Segundo a presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Marli Rigo, esse não é o posicionamento da CDL.

- Neste momento, estamos tranquilos aguardando o resultado final e buscando dados técnicos para termos argumentos que provem que podemos continuar atendendo e trabalhando. Não é posição do CDL fazer rebelião para trabalhar sem ordens superiores. Eu respeito a opinião dos colegas e entendo a posição dos lojistas, mas, neste momento, não é a nossa posição. As medidas serão tomadas no momento certo e dentro da legalidade, sendo amparadas pelo nosso setor jurídico - afirmou. 

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Segundo ela, as entidades empresariais estão confiantes da reversão para a bandeira laranja. Marli entende que os cálculos feitos pelo governo do Estado estão equivocados. Em caso de não reversão, a presidente do CDL considera que haverá muitas demissões:

- Mesmo com a contabilização de dados de internação de pessoas que não são daqui, a nossa situação ainda está sob controle. A população não precisa entrar em pânico. Não queremos que a população pense que não estamos olhando os dados com olhar solidário. Temos leitos sobrando mesmo com pessoas de outras cidades internadas aqui. Os nossos moradores e o comércio estão dando um exemplo de cuidado durante a pandemia. Se formos para a bandeira vermelha, ficando um período fechados, vai ser o caos do sistema, não tem como evitar. Vai ter demissão em massa, encerramento de atividades de empresas de todos os setores. Todos serão penalizados. 

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Outro setor que também pode ser afetado pela bandeira vermelha é o varejista. O presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio (Sindilojas) Região Centro, Ademir José da Costa, afirmou que a entidade preza pelo "respeito à lei" e indicará que os estabelecimentos sigam o decreto. No entanto, ao mesmo tempo explica que sua postura individual, como empresário, será diferente.  

- Como presidente da entidade, não posso pregar a desobediência às leis. Mas como lojista não irei respeitar. Vou acompanhar meus colegas que estão desesperados e não concordam com o que está acontecendo na cidade com os modelos que nos impõem. Estamos com poucos contaminados na nossa região que está com leitos ocupados por outras cidades. Minha obrigação como empresário é lutar pela liberdade e o direito de trabalhar. Se não concordamos com as leis, vamos lutar contra elas - salientou.

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De acordo com Ademir, a solução para conter a propagação do vírus não passa pelo fechamento do comércio.

- Não é possível que fechem nossas lojas, que não tem nenhuma contaminação direta. A transmissão está fora das empresas, e quando elas fecham, as pessoas seguem nas ruas. O Hospital Regional está aí, pronto para ser equipado. Em todas as regiões, sobram leitos privados, mas faltam os públicos. O Estado não cumpre a parte dele, e nós vamos deixar de produzir por conta disso? - questionou.

Além disso, o presidente do Sindilojas teme um prejuízo econômico a partir da crise nos serviços considerados não essenciais:

- Não adianta uma parte da indústria estar trabalhando e estarmos com a outra ponta parada. As demissões não seriam em uma área só. Em Santa Maria, com certeza, haverá, sim, mais demissões. Os governantes só administraram a saúde penalizando o empresariado.

*Colaboraram Janaína Wille e Ian Tâmbara

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