Desde agosto deste ano, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Sérgio Lopes promove uma Feira da Saúde para os alunos e famílias da Vila Renascença. Devido a grande distância entre a região e o posto de saúde mais próximo, o objetivo é levar as ações dele direto para a comunidade. Nesta quarta-feira (24) ocorreu a terceira edição da iniciativa que atendeu mais de 100 pessoas.
Foram ofertados serviços de vacinação, testagem de IST’s, auriculoterapia, atestados, pedidos de mamografia, pesagem, medição de altura e atualização de receitas. A ideia da atividade partiu da ESF Lídia que sugeriu uma parceria por ser a única unidade de saúde que abrange a região.
– A gente tenta concentrar o máximo de ações possíveis para que a comunidade tenha o acesso facilitado. O acesso do pessoal da Vila em termos de ônibus é complicado, então para chegar ao posto eles tem que caminhar bastante e as vezes com criança pequena isso fica mais difícil ainda. Por isso a parceria com a escola é a melhor coisa que existe – afirma a enfermeira Sharon da Silva Martins.
A diretora da EMEF, Andreia Schorn, conta que o colégio faz parte do Programa Saúde na Escola da Secretaria Municipal de Educação e por isso conseguem ter um contato maior com a ESF. Para ela ações como essa são muito importantes para identificar os problemas que os alunos podem estar apresentando.
– Quando fazemos a feira a escola fica lotada, é algo muito procurado pela comunidade. Além disso, é uma forma a mais de cuidar das nossas crianças, pois através dessa parceria conseguimos promover ações de alimentação saudável, odontologia e saúde mental – relata a diretora.
Um dos colaboradores da Feira é o curso de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), o Programa de Pós Graduação levou professores e alunos até o local para uma conscientização de parasitas. Os acadêmicos disponibilizaram um microscópio no qual a comunidade pode ver e aprender sobre pulgas, carrapatos, piolhos e sarna.
– Nessa região temos muitos problemas com a questão ambiental, com lixo, animais, zoonoses e suspeitas de casos de leishmaniose. Dessa forma, é importante fazer esse trabalho educativo e trazer a universidade até aqui para ajudar a comunidade a se prevenir – comenta a enfermeira.
A ESF e a escola planejam fazer mais uma edição da Feira em dezembro. Já para o ano que vem a unidade de saúde quer aumentar a frequência da ação para duas vezes por mês.