A Polícia Civil busca pistas que levem à autoria de quem cometeu os furtos dos carros usados no assalto ao ônibus e ao escritório da empresa Sanfelice, em Santa Maria, na madrugada de terça-feira.
Conforme a delegada Alessandra Padula, responsável pela investigação, a medida faz parte da tentativa de identificar quem cometeu o crime.
– Nós tivemos acesso às imagens de câmeras de segurança, mas é difícil reconhecer os suspeitos, pois eles estavam com roupas pretas e com o rosto coberto – explica a delegada.
Além disso, há dificuldade em precisar quantos criminosos participaram do assalto. Isso porque não há unanimidade, entre as vítimas, quanto ao número. Conforme a investigação, o bando tinha entre cinco e 10 pessoas.
O valor roubado também ainda está sendo contabilizado. Pelo menos R$ 200 mil foram levados.
– Existe uma estimativa, mas ainda não é possível afirmar quanto, de fato, foi levado durante no assalto – afirma Alessandra.
O que já se sabia, até a manhã desta quarta-feira, é que os veículos foram furtados nos dias 14 e 17 deste mês, nas ruas Francisco Manuel, bairro Nossa Senhora de Fátima, e Inconfidentes, bairro Nossa Senhora da Medianeira, os dois na região central de Santa Maria.
O ônibus tinha como destino São Paulo e partia da sede da Sanfelice, na Avenida Osvaldo Cruz, no bairro Km 3. Os passageiros eram, na maioria, lojistas que pretendiam fazer compras na capital paulista para vendê-las em Santa Maria.
Empresa reembolsou passageiros
A empresa Sanfelice reembolsou o valor das passagens para os passageiros. O Diário conversou, na manhã desta quarta-feira, com o proprietário da empresa, que preferiu não se identificar. Ele disse que o ônibus tem capacidade para 32 pessoas, e que 28 estavam no veículo. Tanto ele quanto um secretário foram assaltados, ou seja, seriam, pelo menos, 30 vítimas.
O dono da empresa afirmou, ainda, que o assalto foi um caso isolado. Ele garantiu que vai contratar um guarda para ficar na empresa e que e investir mais em segurança.
– Já fizemos diversas viagens com destino a São Paulo com o mesmo objetivo, na maior parte das vezes, com os mesmos clientes. A gente quer dar segurança, porque a cidade não dá nenhuma – disse o empresário.
Momentos de pânico
O dono da empresa contou que, durante o assalto, foi rendido e agredido com uma arma de choque. Um dos criminosos entrou no escritório, onde estava com um secretário e o marido de uma cliente, exigindo o dinheiro do cofre.
–Ele me ameaçou e me deu choque. Não houve reação alguma da nossa parte – disse a vítima.
O proprietário não acha que a informação da viagem pode ter sido repassada aos criminosos por um colaborador da empresa. A polícia acredita que o crime foi planejado com pelo menos três dias de antecedência.
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