Nos últimos dias, os motoristas que passam pelas rodovias federais da região notaram que as máquinas e operários voltaram para a pista para consertos emergenciais do asfalto. Isso ocorreu porque, depois da longa demora para aprovação do Orçamento e repasse aos órgãos federais, chegaram as verbas para serem gastas nos contratos de manutenção do Dnit aqui na região. Porém, o dinheiro disponível é bem abaixo do necessário, já que, para algumas rodovias, os valores não passam de R$ 2 milhões para serem gastos até o final do ano.
TV DIÁRIO: assista ao vivo aquiPara leigos, parece um valor expressivo, mas devido ao custo elevado do asfalto, acaba não sendo suficiente. O ideal seria fazer serviços de melhor qualidade e mais durabilidade, como recapeamento de trechos inteiros, mas se isso é feito, as verbas acabam logo. Esse tipo de conserto só será feito em casos muito pontuais, onde a situação é bem crítica. Devido à longa extensão das BRs e à necessidade de manter as rodovias em condições mínimas até o final do ano, o Dnit está focando em fazer tapa-buracos emergenciais e roçadas. O problema desse tipo de ação é que o conserto não dura tanto tempo, mas muitas vezes não há outra saída.Outra complicação é que, se não há um investimento mínimo por ano, as rodovias vão ficando em estado cada vez mais precário – até porque são estradas bem antigas –, em que buracos abrem com maior frequência. Com isso, acaba saindo bem mais caro fazer um conserto profundo no futuro.Uma forma de resolver esse problema seria pressionar o governo federal e os deputados e representantes da região para cobrar pela liberação de mais verbas. A vinda de pré-candidatos a governador e outros políticos para a região é mais uma oportunidade de fazer essa cobrança. Prefeitos e vereadores também podem acionar seus representantes em Brasília para tentar pressionar pela vinda de mais verbas para as estradas.