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Decisão sobre reajuste da tarifa de ônibus em Santa Maria deve ficar para a próxima semana

Ian Tâmbara

Foto: Ian Tâmbara (Diário)

Com a tendência de que a divulgação do reajuste da tarifa e do calendário para o lançamento da licitação do transporte coletivo em Santa Maria ocorram somente na semana que vem, a novela do aumento teve mais um capítulo na manhã de ontem. Durante reunião da Comissão de Políticas Públicas da Câmara de Vereadores, foi realizado um debate sobre os valores da passagem. Para que o reajuste passe a valer, um decreto precisa ser assinado pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). O Diretório Central dos Estudantes (DCE) chegou a fazer um pedido de adiamento da assinatura por, no mínimo, 30 dias. No entanto, a decisão deve acontecer na próxima semana, segundo a assessoria da prefeitura. O Conselho Municipal de Transportes aprovou o valor de R$ 4,25.

A reunião foi solicitada para que fossem prestados os esclarecimentos necessários ao DCE após a entidade ter requisitado a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades no cálculo tarifário. Segundo o DCE, o cálculo não respeitou a Lei Orgânica do Município por não considerar o poder aquisitivo da população. O DCE alegou, ainda, atrasos de linhas, superlotação e estrutura ruim da frota. Para o presidente do Conselho Municipal de Transportes, Edmilson Gabardo, o valor cedido para benefícios e gratuidades, como idosos e estudantes, é um dos motivos para o aumento da passagem.

Tarifa de ônibus em Santa Maria pode ficar entre as cinco mais caras do Estado

Mediada pelo presidente da comissão, Admar Pozzobom (PSDB), a discussão teve a presença de parlamentares, do presidente da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), Luis Fernando Maffini, do secretário interino de Mobilidade Urbana, Orion Ponsi, entre outros.

EM DEBATE

Durante reunião na Câmara, ontem, representantes de entidades discutiram a planilha e o reajuste da tarifa de ônibus

"É uma definição política que não se aplica, não é concreto, não há como vincular. O que está presente nos cálculos são os custos, os passageiros e a quilometragem. Se a passagem for mais cara que o poder aquisitivo, o poder público terá que subsidiar. A tarifa é cara, realmente, mas estamos vivenciando uma crise terminal."

Edmilson Gabardo, presidente do Conselho Municipal de Transportes 

"Até agora, não vi o DCE apresentar nenhuma solução. São questionamentos muito mais para atrapalhar. Precisamos é sentar e alinhar isso. Existe um conteúdo maquiado e que não leva em consideração a própria posição dos estudantes. É preciso alinhar as necessidades do município e a saúde financeira das empresas." 

Orion Ponsi, secretário adjunto de Mobilidade Urbana

"Nós, do DCE, apontamos diversas irregularidades que são encontradas no cálculo tarifário. O poder aquisitivo da população não é observado há muitos anos. Se a gente analisar de 2015 a 2019, temos um aumento de três vezes mais na tarifa do que no salário mínimo. Acho um absurdo dizer que não apresentamos soluções. Sempre estivemos em todas as reuniões." 

Rodrigo Poletto, coordenador-geral do DCE

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