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Com atuação do fenômeno La Niña, chuva deve continuar abaixo da média nos próximos meses

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Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)

O fenômeno La Niña, que começou a atuar no Rio Grande do Sul desde outubro, deve continuar até o final do verão. De acordo com o Conselho Permanente de Agrometeorologia Aplicada do Estado do Rio Grande do Sul (Copaaergs), a probabilidade de interferência do La Niña até o final de março é de 80%. Com isso, as chuvas devem ficar abaixo da média no Estado. 

A previsão de chuva irregular preocupa, principalmente, devido ao baixo nível dos reservatórios de água. O país já enfrenta problemas hídricos que afetam a geração de energia elétrica, inclusive no Rio Grande do Sul. Com o indicativo de poucos acumulados nos próximos meses, a situação deve piorar. Além disso, há preocupação com rios, açudes, bebedouros para os animais, além das barragens que abastecem as cidades.

Cinco municípios da Região Central já decretaram situação de emergência pela estiagem

De acordo com o meteorologista Gustavo Verardo, há previsão de chuva para a região para segunda e terça-feira. Depois disso, somente após o dia 15 de janeiro, e de forma irregular. Fevereiro e março devem continuar com pouca precipitação. 

- A situação para o campo e para o abastecimento vai piorar muito. Vamos ter chuvas irregulares, meses bem secos. Com o sol forte, o solo perde a pouca umidade que recebe de forma muito rápida. Todo o verão vai ter estiagem e o início do outono também. Além da agricultura, o abastecimento de água merece muita atenção - explica Verardo. 

Na agricultura, a falta de chuva já causa prejuízos no milho e na soja. Com um período longo sem chuva, há necessidade de irrigação. Porém, a maioria dos produtores não tem essa condição e, mesmo aqueles que têm, podem enfrentar dificuldades com os reservatórios com baixo nível de água. 

- Mesmo com condições de chuva dentro da faixa normal no verão, as precipitações ainda não são suficientes para suprir a demanda hídrica das principais culturas de primavera e verão, em função da alta demanda - analisa a coordenadora do Copaaergs, a meteorologista Loana Cardoso.

O QUE É O LA NIÑA

O fenômeno é conhecido como o resfriamento das águas do Pacífico. Ele mantém a umidade deslocada para o Norte e Nordeste do pais, favorecendo a ocorrência de estiagem no Rio Grande do Sul. Isso não significa que não haverá chuva neste período. Ela aparecerá, mas de forma muito irregular, mal distribuída. 

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