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Foto: Fernando Ramos (Divulgação)
Interditada desde o início de fevereiro, a ponte das Tunas, localizada sobre o rio Vacacaí, entre Restinga Sêca e Formigueiro, deve ficar bloqueada por mais algumas semanas. O fechamento do trecho tem preocupado os agricultores da região, uma vez que a ponte é importante via de escoamento da produção de grãos. A previsão inicial era de que a obra durasse 12 dias, mas esse prazo já passou e os trabalhos ainda não foram concluídos. A nova previsão é de que a ponte seja liberada em março.
O produtor Daniel Beneti, 40 anos, mora em Formigueiro e, há 13 anos, cultiva uma área de 25 hectares de arroz na cidade vizinha de Restinga Sêca. Ele espera que a reforma da ponte melhore o tráfego, mas critica o momento escolhido pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para a realização da obra.
- Podiam ter esperado passar toda a safra, que é o momento de maior movimento. Muitos produtores dependem desse trecho para acesso a suas lavouras. Daqui a 20 dias já vou fazer a colheita da minha lavoura. Se a ponte não ficar pronta até lá, vai ficar muito complicado. Eu já tive um prejuízo de cerca de R$ 3 mil, porque precisei usar um avião para fazer a aplicação de defensivos agrícolas, já que não pude chegar na lavoura com o maquinário - conta Beneti.
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Com o acesso pela ponte das Tunas, a propriedade de Beneti em Formigueiro fica a cerca de 20 quilômetros da sua lavoura de arroz em Restinga Sêca. Sem poder passar por lá, a rota mais próxima tem cerca de 150 quilômetros: saindo de Formigueiro pela BR-392, passando por Santa Maria, pela RSC-287 e, depois, entrando na cidade de Restinga Sêca.
- Já está causando impactos e deve ser uma colheita mais estressante, demorada e mais cara. Vai aumentar o custo em 300%. A obra é necessária, mas devia ter sido melhor planejada, levando em conta as necessidades dos moradores da região - finaliza.
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Foto: Fernando Ramos (Divulgação)
PREVISÃO DE CONCLUSÃO
style="width: 50%; float: right;" data-filename="retriever">Por meio de nota, o Daer informou que o atual prazo para conclusão da obra é março, mas não especificou datas. De acordo com o órgão, em razão do alto grau de degradação da ponte, foi apontada a necessidade de fazer uma troca completa da estrutura. Com as chuvas durante a primeira quinzena do mês de fevereiro e com a demora para a chegada dos materiais necessários, o prazo da obra precisou ser estendido, podendo ainda ser alterado, a depender da previsão do tempo e da liberação dos materiais.
Ainda segundo o Daer, os serviços executados até o momento abrangem a retirada das guias de trânsito (tábuas longitudinais) a fim de preservar a passagem de pedestres.
- A continuidade dos trabalhos dependia da disponibilidade do material destinado à substituição das tábuas transversais, que possuem dimensões específicas e são fabricadas sob medida, encomendadas junto à madeireira da região. A chegada do material já ocorreu nesta semana e a obra deve ganhar ritmo, dando continuidade a substituição do que está danificado na estrutura - relatou o Daer, em nota.