Projeto social oferece dança, música, artesanato, teatro e futebol para famílias da Vila Schirmer
Ela é, também, uma das mães de santo mais antigas do Estado. Por longos anos, ela fazia consultas em seu terreiro, que agora está desativado.Hoje, com 100 anos, as histórias surgem meio apagadas na memória, mas ainda são lembradas com carinho pela filha.
Creche Estação dos Ventos é o porto seguro para as crianças do bairro João Goulart
Ela sempre abria as portas da casa para todo mundo. A comida dela era repartida com as pessoas que chegavam. Ela criou 26 crianças, que eram largadas pelos pais aqui na porta, porque sabiam que ela cuidava. E ela cuidou. Quando não tinha o que comer, comiam farinha de milho com água e sal comenta Celenir.
Os filhos do coração foram crescendo, casaram-se e se mudaram. No Natal e no Ano Novo, alguns ainda a visitam. Além das crianças, toda quarta-feira ela mandava pão para os detentos no presídio e fazia sopa para os mais pobres da comunidade, com doações dos vizinhos.
Nascida em Restinga Seca, filha de mãe escrava e de pai africano, ela faz questão de manter viva a cultura do povo negro. Chegou até a gravar um CD com músicas típicas da cultura negra para vender e arrecadar dinheiro para a compra de alimentos.
Quando a comida faltava, ela catava osso pela vizinhança para ferver e fazer ensopado, para ninguém ficar de barriga vazia. A fama é tanta, que a Rua Tenente Fraga, onde mora, foi batizada como o Beco da Mãe Sueli.
Das poucas frases que ainda consegue pronunciar, uma foi bem destacada, quando indagada da motivação em ajudar os outros:
Por amor.
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