Carmen Andrade: junho, o mês do amor

Redação do Diário

Carmen AndradeProfessora universitária

Chegou o mês de junho, quase metade do ano, trazendo consigo o inverno e a data cristã Corpus Christi lembrando a instituição da eucaristia pela transformação do pão e vinho no corpo e sangue de Cristo – e, contrário à maioria dos países, comemorado como o mês do amor.

Todos os meses deveriam ser do amor, aqui é de junho a tarefa desta comemoração. Junto vem o dia dos namorados e de Santo Antônio, que, em muitos países, é o dia do melhor amigo.Junho tem outro dia bonito: 27. Nele, o presidente Jânio declarou o pau-brasil a Árvore Nacional, e o ipê-amarelo, a Flor Nacional. Este fato me lembra de que o amor é a única flor que desabrocha em todas as estações.

Este enigmático sentimento, objeto de tanto estudo e incompreensão, primeiro mandamento de Jesus, foi definido por Platão; famoso no Romeu e Julieta de Shakespeare; célebre com Camões, que morreu a 10 de junho de 1580, ao dizer: “Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente, é contentamento descontente, é dor que desatina sem doer”; e enigmático, em Machado de Assis, ao afirmar que o coração é a chave da vida, quem não o consulta anda literalmente fora do tempo.

Em junho de 2022, lembro-me de Michael Jackson, que morreu em junho de 2009. Ele compôs “Heal The World”, Cure o Mundo, onde cantava que tem um lugar no coração que eu sei que é amor; este lugar pode ser mais brilhante do que amanhã. Se você realmente tentar, descobrirá que não há necessidade de chorar. Neste lugar vai sentir que não há mágoa ou tristeza, há caminhos para chegar. Se você se importa o suficiente com os que vivem, faça um pequeno espaço, faça um lugar melhor, cure o mundo, ame, faça dele um lugar melhor para você, para mim, e para toda a humanidade. Ainda diz que o amor é forte, e só se importa em dar alegria. Se tentarmos, veremos. Nesta bênção, não podemos sentir medo ou temor. Se pararmos de existir e começarmos a viver, sentiremos que o amor é suficiente para crescermos. E o sonho que nos concebeu revelará um rosto alegre, e o mundo no qual uma vez acreditamos brilhará em graça. Termina cantando que o mundo é divino; com a luz de Deus, podemos voar alto, nunca deixando o espírito morrer, nos sentindo irmãos.

Ao longo da vida, temos mestres que nos ensinam e mostram o que é o amor. Nós aprendemos e amamos gente próxima e distante, viva e morta, bem como aparece no filme “Interestelar” (2014): o amor é a única coisa que somos capazes de perceber que transcende as dimensões do tempo e do espaço. Deveríamos acreditar nisso, ainda que não possamos entender.

Para junho, fica uma mensagem simples: o melhor do mundo é amar, ser afetuoso, alegre, vibrante, assim como você, pois o amor é um fenômeno eminentemente humano. Caro leitor: Aceitas o convite para fazermos do mundo um lugar melhor para todos pela via do amor?

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