Os reflexos do mais recente aumento no preço dos combustíveis já puderam ser sentidos em postos no final de semana. Isso depois do mais recente anúncio feito pela Petrobras e que começou a vigorar no sábado. Esse panorama faz com que entidades de caminhoneiros do país cogitem uma nova greve.
Na cidade, domingo (19), o litro da gasolina chegava a custar R$ 7,05 em alguns postos, após o aumento de 5,2%. Já o diesel, que impacta diretamente no transporte de cargas e a logística pelas estradas, teve acréscimo de 14,2%. Com isso, era vendido entre R$ 7,54 e R$ 7,69, mais caro do que a gasolina.
É com indignação que a Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) recebeu a informação desse aumento e, nesse contexto, não descarta uma paralisação de caminhoneiros. De acordo com a entidade que representa a categoria, o país vai parar novamente se for mantida essa política de preços considerada “cruel”.
– Se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve é o mais provável – de acordo com a nota em que consta também que, há muito tempo, há alerta da associação sobre as consequências dessa política de preços e do caos econômico decorrente da mesma.
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Despesas
Ainda conforme a nota da Abrava, o caminhoneiro está sendo esmagado pela inflação e pela alta do diesel. “Os caminhoneiros autônomos têm três grandes contas para pagar: 1° a nossa casa (aluguel, comida, luz, água e etc.), 2º o diesel (sem ele o caminhão não anda), 3º a manutenção do caminhão. Essa 3ª conta não está sendo paga, colocando em risco sua própria vida e a de terceiros”, diz a entidade.
O diretor comercial da Distribuidora Santa Lúcia, Claudio Tavares, ressalta também os impactos aos revendedores, enquanto ponta final, já que haverá a necessidade de aumento de capital de giro para a sustentação do seu negócio.
Em rede social, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirma que estará convocando, uma reunião de líderes, para hoje, para discutir a política de preços da Petrobras. Ainda conforme publicação, a estatal não pode ser contra os brasileiros, sendo que o povo é o seu principal acionista.
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O parlamentar afirmou que “a República Federativa da Petrobras, um país independente e em estado declarado de guerra em relação ao Brasil e ao povo brasileiro, parece ter anunciado o bombardeio de um novo aumento nos combustíveis”.
Hoje, o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) deve levar ao Congresso o pedido para a abertura da CPI da Petrobras. Há, ainda, especulações sobre a criação de uma taxa para a exportação de petróleo do Brasil, para usar o recurso para bancar o aumento de preços dos combustíveis.
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