Caminhoneiros admitem bloqueios

Os caminhoneiros que protestam em cinco pontos das estradas da Região Central admitem pela primeira vez que estão bloqueando a passagem de caminhões. Ao mesmo tempo, afirmam que estão liberando os colegas de tempos em tempos e tudo corre de forma pacífica.

Na manhã deste domingo, a movimentação parecia ter perdido força. Conforme as polícias rodoviárias estaduais e federais, a movimentação de caminhoneiros, tanto manifestantes quanto os que estão em viagem, reduziu. Muito devido ao dia, um domingo. À tarde, depois do enterro do caminhoneiro que morreu atropelado em um bloqueio da BR-392, o movimento voltou a ganhar força.

Os manifestantes que estavam envolvidos no sepultamento de Cléber Adriano Ouriques retomaram as atividades de protesto no posto Cotrisel, na BR-392. A partir das 16h, os caminhoneiros voltaram a pedir para que outros motoristas aderissem às manifestações. Os carros que passam pela rodovia estão sendo liberados.

A Polícia Rodoviária Federal de Cruz Alta não registrou protesto ou bloqueio na BR-158. Já o Batalhão Rodoviário Estadual da cidade registrou movimentações pacíficas dos caminhoneiros no Posto 44, próximo a Ijuí.

Em Rosário do Sul, que teve um protesto pacífico até a noite de sábado, não houve mais registro de outras manifestações nem de bloqueios.

Já em Júlio de Castilhos, os caminhoneiros estão concentrados no posto Santa Lucia e liberam caminhões a cada 10 minutos.

Os caminhoneiros de São Vicente do Sul estão agora na ERS-241, na altura do trevo do Posto Piccolo, e têm o apoio de agricultores na manifestação.

É em Santiago a maior concentração de caminhoneiros, que migraram ontem para a rodovia estadual ERS-377. Os manifestantes liberam caminhões a cada 3 horas. Pelo menos 20 caminhões estão parados no local, e há agricultores apoiando o movimento.