Na ponta do lápis

ATU sustenta que 70% do custo da tarifa são para custear salários e combustíveis

Marcelo Martins

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O presidente da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), Luiz Fernando Maffini, sustenta que as empresas do consórcio SIM (Sistema Integrado Municipal) vivem uma situação de descompasso financeiro em decorrência de uma série de gastos. A elevação de preços de combustível, peças, pneus e acessórios, renovação da frota e o pedido de reajuste do sindicato dos funcionários das empresas de transporte coletivo são citados, por ele, para justificar o pedido de aumento.

Contudo, Maffini parece já ter jogado a toalha na queda de braço entre prefeitura e ATU em torno do cálculo da tarifa. O pedido de elevação da passagem para, no mínimo, R$ 2,70 já é visto como algo distante no horizonte da ATU:

_ O ideal seria, no mínimo, um valor de R$ 2,70. Mas ao que tudo indica teremos algo em torno de R$ 2,60. O que a prefeitura e a sociedade precisam entender é que temos compromissos. A despesa com pessoal, ou seja, com pagamento de salários é de 52,19%. Já o custo para colocar o ônibus a rodar, que nada mais é do que combustível e lubrificante, chega a 18,7%. No final das contas, temos 70% do custo da tarifa com salário e combustível.

Conselheiro diz que é preciso acabar com debate ideológico e político

Luiz Fernando Pacheco, integrante do Conselho Municipal de Transportes e presidente da Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Santa Maria (Cacism), acredita que o pedido de aumento da tarifa da ATU é justificado. Pacheco avalia como temerária a discussão política e ideológica, em torno do tema, feita por alguns conselheiros:

_ Temos de despolitizar a questão em torno do reajusta da tarifa. Não se têm conselhos para definir os preços de água e luz e, mesmo assim, os preços sobem. Não há atividade econômica que fique operando sem aumento por dois anos.

Para outro conselheiro, Alex Monaiar (DCE da UFSM), a discussão não se limita a apenas debates políticos ou ideológicos. Monaiar sustenta que a ATU não pode pleitear novo aumento enquanto não oferecer um serviço com melhor qualidade. O estudante entende que a prefeitua deveria reduzir o valor da tarifa:

_ Nos aumentos anteriores, a prefeitura exigiu, até mesmo, ar-condicionado, mas nada foi feito. Por isso, a passagem não deveria ser reajustada.

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