A violência e o vandalismo estão prejudicando a população que necessita de transporte coletivo. Depois de 10 ataques a ônibus, a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) de Santa Maria decidiu alterar o itinerário das linhas do Alto da Boa Vista e 7 de Dezembro, no bairro Nova Santa Marta, em função do apedrejamento dos veículos.
Ataques a ônibus paralisam frota em Porto Alegre
Conforme o gerente operacional do Sistema Integrado Municipal (SIM) da ATU, Cristiano da Silva Andretta, foram registrados sete casos entre o dia 19 e 30 de novembro.
Só ontem de noite foram três casos. A gente alterou o itinerário preventivamente. Isso traz risco aos nossos passageiros, funcionários e também prejuízos materiais afirma.
Por essa razão, as duas linhas de ônibus não vão mais passar pelo trecho da Avenida Principal 2, entre as ruas 13 e 21, nos três últimos horários da noite: 23h05min, 23h20min e meia-noite.
A mudança no itinerário deve aumentar em cerca de 1,2 quilômetro o trajeto de 2,3 quilômetros do coletivo pelo bairro, já que ele irá percorrer ruas secundárias e sem calçamento para conseguir atender a um maior número possível de loteamentos.
A ATU estima que essas duas linhas de ônibus transportem 5 mil passageiros todos os dias. São 144 viagens (ida e volta). Em cada viagem, durante o dia, são transportados até 100 passageiros. Durante a noite, 50.
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A Secretaria de Controle e Mobilidade Urbana foi notificada. De acordo com o secretário Miguel Passini, houve uma reunião na terça-feira (1º) com a Brigada Militar (BM) para planejar ações policiais com o objetivo de coibir esse tipo de crime. A BM aponta dificuldade nesse tipo de articulação por conta do déficit no efetivo.A ATU e a prefeitura buscaram contato com líderes comunitários no loteamento Alto da Boa Vista e Santa Marta, na tentativa de identificar os vândalos e tentar conscientizá-los, pois se acredita que uma maioria da população estará sendo prejudicada devido às ações de uma minoria.
Em entrevista à RBS TV nesta quarta-feira, o líder comunitário Éder Pompeo estimou que cerca de 3 mil pessoas devem ser impactadas pela medida no bairro.