Alunos da Escola Francisca Weinmann participam de curta-metragem em Santa Maria

Três meses de produção e de gravação, 13 horas de imagens e sons captados e 15 minutos de um curta-metragem que saiu de dentro de um laboratório de uma escola de Santa Maria. Esse é o curta Infância, que narra a vida de um casal de idosos que, vendo os netos brincarem, rememora sua infância e adolescência, mostrando a história de um amor que supera o tempo.

Esse enredo de cinema foi desenvolvido por alunos do 6º ao 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Francisca Weinmann. A criação do roteiro, a escolha da trilha sonora, a interpretação e o processo de edição e finalização foram feitos pelos estudantes, com a coordenação da professora Claudia Nunes.

— Há todo um envolvimento. Os alunos são os responsáveis por tudo, eles aprendem a trabalhar em equipe, a discutir, a pesquisar sobre cinema. É um projeto que permite a inclusão e o desenvolvimento de outras habilidades dos estudantes — diz a professora.

O projeto Cinema na Escola existe desde 2013 e, de lá para cá, já produziu seis curtas, alguns deles, premiados. A ideia surgiu nas aulas de português ministradas na escola e, desde o começo, as atividades acontecem uma vez por semana, no turno inverso aos das disciplinas que constam no currículo. E é em um pequeno laboratório, com apenas uma câmera fotográfica, um projetor, um notebook e os celulares dos alunos, que todo o imaginário ganha vida, os roteiros são escritos e os ensaios acontecem.

O cenário onde se passa Infância é a Quarta Colônia, e a produção e gravação do material foram feitas de maio a agosto de 2014. O projeto não consta como uma disciplina curricular, portanto, os alunos não são avaliados pela participação. Além de promover uma atividade diferenciada aos estudantes, a iniciativa é também uma oportunidade que auxilia o processo de aprendizagem, pois agrega o conhecimento de todas as áreas de ensino.

— É um aprendizado de vida, de mundo. Os alunos que participam recebem muitos conhecimentos, é uma experiência enriquecedora— relata a professora.

Ainda segundo Claudia, além do envolvimento dos alunos, as famílias e a própria comunidade da Vila Goiânia, onde a escola está inserida, ajudam no projeto. O Cinema na Escola não recebe verbas, por isso, todas as despesas, incluindo figurinos, passagens para viagens e alimentação, são custeadas pela escola e pelos estudantes. O projeto, além de permitir o conhecimento sobre um assunto tão específico que é o cinema, ajuda no comprometimento dos alunos com a realidade escolar.