Caso Helenara

Advogado pede liberdade de acusada de matar a ex-namorada

Naiôn Curcino

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A expectativa de que Stéphanie Fogliatto Freitas, 24 anos, acusada de ter matado a ex-companheira, Helenara Pinzon, 22 anos, em 5 de dezembro do ano passado, falasse sobre o crime à Justiça pela primeira vez não se confirmou.

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Ao longo de três horas e meia de depoimentos, no final, quando a última testemunha de defesa seria ouvida, a audiência foi encerrada porque essa testemunha não foi localizada e é direito da ré ser ouvida por último.

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O advogado de defesa da acusada, Bruno Seligman de Menezes, pediu a liberdade provisória da sua cliente. O promotor de Justiça, Maurício Trevisan, vai analisar o pedido e deve se manifestar nos próximos dias.

– O motivo torpe ficou comprovado que não existiu, já que tanto as testemunhas de defesa quanto as de acusação referiram que a Stéphanie estava tranquila com o fim do relacionamento. Isso também afasta a ideia de feminicídio, que praticamente se confundem. Agora, tem que se discutir o recurso que impossibilitou a defesa da vítima, já que não houve testemunhas presenciais – afirma Menezes.

– A nossa acusação está sendo confirmada em relação ao fato principal. Não há nenhuma possibilidade que não tenha sido a Stéphanie a agressora. Até pela sua qualificação profissional e sua afeição física, fica afastada a chance de que ela tenha sofrido algum tipo de agravo pessoal da Helenara. Vamos analisar as alegações feitas pela defesa, mas, em uma análise rápida, posso dizer que vamos nos manifestar por manter a prisão – rebate o promotor.

Pela repercussão do caso, a audiência que estava marcada para a sala da 1ª Vara Criminal, no Fórum de Santa Maria, foi transferida para o Salão do Júri, com mais espaço. Cerca de 30 pessoas acompanharam a sessão. Familiares de Stéphanie e de Helenara estavam presentes. Inclusive, o irmão da vítima, Renato Lopes, havia organizado um protesto, que seria realizado na frente do Fórum. No entanto, o ônibus que traria demais parentes e amigos de Três de Maio quebrou. Renato e a mãe tiveram de vir de táxi até Santa Maria.

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Ainda não há data para a nova audiência.

A AUDIÊNCIA

A primeira testemunha começou a ser ouvida pontualmente às 14h. As primeiras a falar foram as testemunhas arroladas pela acusação e pela assistência de acusação, feita pelo advogado Antonio Carlos Porto e Silva. A primeira testemunha foi uma das que falaram por mais tempo, cerca de 30 minutos. No centro dos debates entre acusação e defesa, houve principalmente três temas: como Stéphanie encarou o término do relacionamento com Helenara, a diferença de força física da suspeita para a vítima e se foi presenciada uma agressão durante o jantar durante uma festa na noite anterior ao crime.

Ao todo, foram ouvidas 15 testemunhas, oito de acusação e sete de defesa. Praticamente todas as testemunhas relataram que Stéphanie não havia ficado abalada com o fim do relacionamento e que, até mesmo, já havia se relacionado com outra jovem na mesma semana do crime.

Uma das testemunhas, que era colega de trabalho "

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