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Acolhimento de moradores de rua no CDM é encerrado após seis semanas

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Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Estrutura já estava desmontada e preparada para transporte na manhã de quinta-feira

A partir desta quinta-feira, está oficialmente encerrado o trabalho de acolhimento de pessoas em situação de rua no Centro Desportivo Municipal (CDM), em função da pandemia do novo coronavírus. Ao todo, durante 40 dias, passaram pelo local 75 pessoas, das quais 70% foram encaminhados, progressivamente, para melhores condições de vida.

De acordo com a prefeitura, dos 75 (70 homens e cinco mulheres), 18 foram encaminhadas para suas famílias, 12 receberam passagens intermunicipais para que retornem à cidade de origem, 16 passaram a residir em locais mediante pagamento de aluguel, cinco foram integrados à Casa de Passagem e um foi acolhido em comunidade terapêutica. Os demais 23 deixaram o local por conta própria.

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O projeto foi posto em prática no dia 24 de março, quando começaram a chegar os primeiros moradores de rua. À época, o acolhimento buscava proteger essas pessoas da contaminação pelo coronavírus, que começava a se espalhar pelo município. Por não ter condições de higiene e pouco acesso à informação, os moradores de rua eram considerados mais vulneráveis à pandemia. O espaço foi organizado dentro dos três ginásios secundários do CDM, e todos receberam roupas novas, materiais de higiene e alimentação durante o período de estadia.

Com envolvimento das secretarias de Desenvolvimento Social, Saúde e Cultura, Esporte e Lazer, e também do Exército Brasileiro, foram mais de 40 servidores e voluntários engajados, além dos militares. Assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, médicos e voluntários formaram a equipe de apoio no dia a dia do abrigo.

- Dar autonomia e emancipá-los. A ideia nunca foi criar uma residência. No primeiro momento, buscamos fazer o isolamento por conta da pandemia e aproveitar essa oportunidade para encaminha-los para uma melhor condição de vida - explica o superintendente de Esportes.

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Mantimentos, roupas e estruturas (como colchões e camas) foram obtidos através de doações de empresas, projetos sociais e voluntários. Na manhã de quinta-feira, todo o material estava pronto para ser retirado do CDM. Materiais emprestados serão devolvidos, e o excedente de mantimentos e roupas doados serão destinados para a campanha do agasalho e para a Defesa Civil.

DESACOLHIMENTO

Ao longo das últimas semanas, a Prefeitura implantou o Plano de Desacolhimento. Nesse projeto, foi desenvolvido o trabalho de escuta qualificada e encaminhamento para documentação, acesso ao benefício de renda emergencial, inclusão na plataforma digital da carteira de trabalho, confecção de currículos e encaminhamento para empresas da cidade. Há seis dias 29 pessoas seguiam no local. Na quinta-feira pela manhã, todos haviam deixado o espaço.

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