Foto: Divulgação/Ceflor
Para ser coletor de sementes é preciso saber subir em árvores, por tronco e cordas, e com segurança. A prática exige conhecimento e muito preparo físico. Pela primeira vez, o Distrito da Boca do Monte recebe um curso sobre esse tema. Ele iniciou nesta segunda-feira (15) e segue até sexta (19), no Centro Estadual de Diagnóstico e Pesquisa Florestal (Ceflor).
A formação de coletores de sementes florestais nativas é o primeiro desenvolvido no local. Ela está vinculada ao Departamento de Diagnóstico e Pesquisa Agropecuária (DDPA) da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em Santa Maria.
+ Entre no canal do Diário no WhatsApp e confira as principais notícias do dia
Palestrantes
Estão sendo ministradas aulas teóricas e práticas sobre seleção de árvores matriz, legislação sobre coleta de sementes, amostragem, controle de qualidade e escalada segura na teoria e na prática, com técnicas específicas para a atividade.
Os convidados são Antonio Carlos de Souza Medeiros, pesquisador aposentado da Embrapa e dirigente da Ambiental Mata Atlântica: treinamento e consultoria; Mauricio Wanderley e Adriano Constantino, especialistas em Trabalho em Altura.
Prática
As coletas vão ser realizadas no Corredor Ecológico da Quarta Colônia, o primeiro do Rio Grande do Sul, formado por nove municípios mais Santa Maria e Itaara, que tem predominância do bioma Mata Atlântica.
O curso deve auxiliar coletores a realizar monitoramento fenológico (desenvolvimento da planta) e dendrométrico (altura e diâmetro) das matrizes, georreferenciá-las para que, no futuro, se construa um catálogo de espécies desta região, em parceria com outras instituições.
O curso faz parte do convênio firmado em março deste ano entre Sema e Seapi para qualificação de oferta de sementes e mudas florestais nativas do Bioma Mata Atlântica. Foram repassados R$ 810 mil, provindos de cumprimento de débitos de Reposição Florestal Obrigatória (RFO) e que serão gerenciados pelo Ceflor.
CEFLOR
Na coleções de materiais genéticos das sementes, existem cerca de 70 espécies florestais. Algumas ameaçadas de extinção, como a Grapia e a Cabriúva. Também, espécies paisagísticas destinadas a praças e parques, e tem a produção de mudas para fins de recuperação e regeneração de áreas degradadas.
- Contato – (55) 3228 1045 e 3228-1212 ou pelo email florestas@agricultura.rs.gov.br
LEIA MAIS
- Governador do RS sanciona lei que permite construção de barragens e açudes em áreas de preservação permanente
- Em 2023, 96 árvores de risco foram removidas na cidade; em 2022, foram 187
- Emater projeta safra recorde de soja na Região Central; cultivo deve gerar 6,6 bilhões