“Santa Maria é uma cidade universitária, mas nós temos que resgatar os valores do civismo, do conhecimento”, diz Comandante Nádia, candidata ao Senado, em entrevista à CDN

A série de entrevistas com postulantes ao Senado pelo Rio Grande do Sul segue nesta terça-feira (30), com a participação da candidata do Progressistas, Comandante Nádia. Durante a sabatina, para o programa CDN Entrevista, da CDN, Nádia abordou temas como empregabilidade, segurança pública, direitos das mulheres e educação.

Quando questionada sobre as propostas para Santa Maria e Região Central, a candidata falou sobre educação, empreendedorismo e combate à criminalidade.

– A gente sabe que, infelizmente, a criminalidade está aumentando, e em Santa Maria não é diferente. A quantidade de homicídios, de tráfico de drogas e de entorpecentes usados pelos jovens, que é algo muito ruim. Por isso eu quero estar no Senado Federal, para fazer a diferença. (…) Santa Maria é uma cidade universitária, mas nós temos que resgatar os valores do civismo, do conhecimento que é repassado aos nossos estudantes, valorização do professor, além do empreendedorismo. Não há cidade, não há região próspera quando não se tem um empreendedor que investe, que dá emprego, que faz gerar a renda, que aquece a economia. Isso é uma balança muito pontual, onde nós temos emprego, temos economia aquecida, a criminalidade diminui – pontuou

Reforçando que, se eleita, trabalhará com foco na segurança pública, Comandante Nádia propôs mudanças na legislação penal:

– Primeira lei que temos de mudar é a de 1/6 da pena, o preso vai ter que cumprir a integralidade. Depois, terminar com a progressão de regime, porque em menos de cinco/seis anos, esse criminoso que tirou a vida de uma pessoa está sendo beneficiado com o semiaberto. O preso quando vai para o semiaberto diz que está trabalhando na rua, mas não há essa fiscalização. (…) Eu não quero criminoso andando na praça onde estão meus filhos.

Sobre pautas femininas, Nádia defendeu o fortalecimento das mulheres gaúchas a partir de ações afirmativas, como o esforço para que mulheres completem os estudos e se profissionalizem. Também reforçou que trabalhará pela expansão da Patrulha Maria da Penha.

– Eu criei a Patrulha Maria da Penha, que veio fazer a proteção das mulheres que são vítimas dentro de casa. Uma das pautas que temos que ter é expandir cada vez mais a Patrulha, que é formada por Policiais Militares capacitados para entender que a violência é multifacetada. É difícil se tirar uma mulher do ciclo de violência, uma vez que essa mulher tem uma dependência amorosa com seu agressor, essa mulher vitima tem filhos com o agressor, ela tem vergonha, medo e o principal, não tem independência financeira.

Já na participação feminina na política e também, em relação à educação, Comandante Nádia defendeu o fim das políticas de cotas.

– Eu acabaria com a cota, esses 30% para mulheres na política jamais vai fazer com que mulheres sejam eleitas. Eu sou contra cota, aliás a única cota que eu aceito é a cota por conta da deficiência financeira, que a pessoa não tem condição financeira para estar em ambientes diferencias como, por exemplo, a educação que é tão importante – ressaltou.

Entrevista completa ao CDN Entrevista, da CDN, em 30 de agosto de 2022.

Quem é Comandante Nádia

Essa é a primeira vez que Nádia Gerhard, 54 anos, disputa uma vaga ao Senado. Natural de Porto Alegre, já foi professora e é tenente-coronel da Brigada Militar. Pela segunda vez, foi reeleita vereadora da Capital em 2020.

Série de entrevistas

A CDN deu início na terça-feira, 23 de agosto a uma série de entrevistas com os nove candidatos ao Senado. Durante o programa CDN Entrevista, os postulantes para a única vaga são sabatinados sobre as propostas para Santa Maria e região e terão a oportunidade de se apresentar à comunidade. Os candidatos estão sendo convidados em ordem alfebética.