data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Arquivo pessoal (Reprodução)
Um projeto desenvolvido na cidade de Silveira Martins vem resgatando a história da Quarta Colônia com alunos da Educação Infantil da cidade. Com o objetivo de ensinar às crianças sobre o patrimônio local, a ideia central é atrair os jovens para que, ao aprenderem sobre todo o contexto que envolve a localidade colonizada por italianos, sigam morando nas cidades e perpetuando a cultura passada por gerações.
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Chamado de Educação Patrimonial, o projeto vem sendo implementado há dois anos de forma experimental. Neste ano, foi desenvolvido um planejamento específico para servir de guia durante a pandemia. Ainda em 2020, a secretária de Educação de Silveira Martins, Sílvia Maria Fiorezi, quer transformar o projeto em uma disciplina que integre a base curricular municipal.
- Queremos que as crianças criem uma identidade com a sua realidade local, pensando no desenvolvimento. Se o aluno valorizar a família, a história da sua família, o patrimônio histórico e ambiental, podemos diminuir o êxodo rural - explica a secretária.
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O projeto foi criado em parceria com a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), por meio da Pró-Reitoria de Extensão. No primeiro semestre deste ano, os alunos desenvolveram jogos, gravaram vídeos, fizeram desenhos. Além disso, alguns recriaram receitas passadas por gerações, e outros descobriram brincadeiras que seus avós inventaram.
As irmãs Mariana Rodrigues Aozani, 9 anos, e Maiara Rodrigues Aozani, 4, gravaram o Jornal dos Mantuanos, ou JM, como apelidaram. O nome é uma homenagem à localidade em que moram. Na gravação de pouco mais de dois minutos, as meninas trazem notícias do seu cotidiano, plantões de informação e até mesmo um patrocinador focado na prevenção à Covid-19 (confira o vídeo no site do Diário).
- A Ana Claudia Aozani, mãe das meninas, e seu esposo ajudaram com a inclusão de vinhetas e filmando a brincadeira. E, logo, compartilharam a ação com as professoras. A criatividade das alunas e da família encantou a comunidade, que já está enviando notícias de outras localidades do interior para que as meninas gravem e divulguem - conta Sílvia.
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GEOPARQUE
Um projeto maior que deu origem ao de Educação Patrimonial também tem a participação da UFSM. Com articulação da Pró--Reitoria de Extensão, uma parceria com os municípios da Quarta Colônia busca transformar a região em um geoparque reconhecido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Após o Palácio do Itamaraty ter enviado a proposta à organização, a localidade, agora, recebeu o status de geoparque aspirante.
- Um dos projetos que surgiu neste período de pandemia foi o de educação patrimonial. As escolas começaram a desenvolver um trabalho de valorização do patrimônio cultural e natural da região, e essa é uma das bases para o geoparque: a educação para o patrimônio - explica o pró-reitor de Extensão, Flavi Ferreira Lisboa Filho.
OS CONTEÚDOS
Distribuídos conforme o nível:
- Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental - Família, língua, história das famílias, etnia, tradições, receitas
- Ensino Fundamental (3º, 4º e 5º anos) - Entorno, bairros, monumentos, história local, literatura
- Anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio - Expandir o conhecimento para outros locais, inclusive rastreando de onde as famílias vieram