Sinprosm planeja protesto e questiona título de Santa Maria como Cidade Educadora

Sinprosm planeja protesto e questiona título de Santa Maria como Cidade Educadora

Foto: Rodrigo Ricordi/Comunicação Sinprosm

Professores da rede municipal de ensino de Santa Maria realizaram mais uma manifestação na tarde desta segunda-feira (1º). A concentração marcada para às 15h, em frente à sede do Sindicato dos Professores Municipais de Santa Maria (Sinprosm), reuniu cerca de 250 profissionais. De lá, a categoria seguiu em caminhada até a Praça Saldanha Marinho, onde ocorre a Feira do Livro. Parte do grupo deve acompanhar a solenidade de lançamento do programa municipal Cidade Educadora, no Theatro Treze de Maio, às 16h30min, enquanto outro permanecerá na praça, com ações de panfletagem. 

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De acordo com a coordenadora de Comunicação e Formação Sindical do Sinprosm, Celma Pietczak, a escolha da data da paralisação está diretamente ligada ao lançamento do programa. O sindicato questiona a adesão de Santa Maria a categoria de Cidade Educadora prevista na Carta das Cidades Educadoras, elaborada pela Associação Internacional de Cidades Educadoras. Para ela, é importante destacar que o conceito vai além dos muros da escola, defendendo que a educação se estenda a toda a cidade:

— Reconhecemos a importância desse selo, porém questionamos se, de fato, os princípios previstos no documento estão sendo garantidos em Santa Maria. Queremos sim ser uma cidade educadora, mas não apenas no título. 


Questionamentos 

Entre os pontos destacados pelo sindicato, estão a falta de espaços públicos adequados para convivência e lazer nos bairros, falta de acessibilidade e a carência de profissionais especializados em áreas essenciais para atender aos estudantes. Segundo um levantamento parcial feito pelo Sinprosm, em 61 das 86 escolas da rede municipal, faltam 20 professores regentes, além de estagiários e monitores.


– Estamos em setembro e ainda temos falta de professores na rede. Como podemos aceitar que uma cidade que se diz educadora não garanta o quadro mínimo para atender seus estudantes?– questionou a coordenadora.


O programa

A iniciativa busca o desenvolvimento das potencialidades educadoras do município por meio de uma política educativa ampla e baseada nos princípios da Carta das Cidades Educadoras, como a inclusão, a diversidade e a sustentabilidade.


Manifestações do sindicato 

Ainda em agosto, a categoria decidiu por realizar manifestações pontuais no decorrer de 2025. O primeiro foi em 6 de agosto, quando paralisaram suas atividades e foram às ruas por o que chamam de "respeito, valorização e compromisso real com a educação pública".  Pedem reajuste salarial, melhores condições de trabalho e se posicionam contra mudanças na Previdência. 


O que diz a prefeitura

"A prefeitura entende que se trata de manifestação legítima.
O programa Santa Maria Cidade Educadora tem como objetivos ampliar os espaços de educação, formais e informais, e buscar transformar realidades por meio do conhecimento, além de reforçar o Município como referência na Educação em todos os níveis de ensino.
“Santa Maria se torna oficialmente uma Cidade Educadora. Esse movimento representa a construção conjunta de uma cidade que aprende e ensina em todos os espaços. Uma cidade educadora vai além das escolas. Envolve toda a comunidade e exige diálogo, responsabilidade e colaboração. Convido todos a se somarem a esse projeto, pois somente juntos poderemos transformar Santa Maria em um lugar melhor para todos”, disse o prefeito Rodrigo Decimo durante o lançamento do programa, que ocorreu no Theatro Treze de Maio.
Conforme a vice-prefeita Lúcia Madruga, o Município possui cerca de 100 mil estudantes e 10 mil professores, considerando todos os níveis de ensino, o que já faz de Santa Maria uma Cidade Educadora por excelência. Atrelado a isso, Santa Maria é líder do Estado e terceiro lugar no país no quesito capital humano, reflexo de seu reconhecimento como “Cidade Universitária” e “exportadora de cérebros”, em referência aos profissionais aqui formados.
As ações tiveram início em 2019 e culminaram neste ano com o ingresso na Associação Internacional das Cidades Educadoras (Aice). O programa não dispõe de recurso, uma vez que potencializa os espaços existentes e busca convênios para realizar as atividades."


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