viagem para o espaço

Projeto Astronomia na Escola leva ciência de um jeito diferente para a sala de aula

Thays Ceretta


Foto: Gabriel Haesbaert

Você já imaginou aprender ciência de uma maneira diferente e divertida, aplicando na prática os conhecimentos vistos em sala de aula? Um projeto que vem sendo desenvolvido há 15 anos em escolas públicas e privadas de todo o Rio Grande do Sul está despertando nas crianças a vontade de se tornar um cientista ou astronauta. Em Santa Maria, cerca de 10 instituições aderiram ao projeto educacional Astronomia na Escola. No mês mundial da astronomia, a iniciativa está passando pelas instituições, levando conhecimento. Nesta quarta-feira, cerca de 70 crianças, com idades entre 11 e 12 anos, do 6º ano do Ensino Fundamental da Escola Marista Santa Maria, tiveram a oportunidade de tocar em meteoritos vindos da Rússia, dos Estados Unidos e do Brasil, em lixos espaciais do Brasil, em comidas espaciais, além de cheirar o aroma da lua e conhecer o macacão do 1º astronauta brasileiro, o tenente-coronel Marcos Pontes. Esses objetos estão no Observatório Cosmos, em Itaara.

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Para a professora de geografia Luciani Vargas, essa é uma oportunidade de entender como a ciência acontece na Terra com uma linguagem fácil para aprender brincando.

- O projeto alia a teoria à prática, porque fica muito subjetivo falar de como surgiu o espaço e como um foguete vai para o espaço. Então, quando eles fazem essas práticas, eles começam a vivenciar mais a ciência, como ela acontece. É muito enriquecedor para a gente dentro da sala de aula - ressaltou a professora.

Além disso, pela primeira vez, os estudantes participaram de um bate-papo com dois renomados cientistas brasileiros por meio de uma chamada de videoconferência. Com os olhares atentos e curiosos, os alunos prestavam atenção na explicação sobre a astrofísica que revolucionou o entendimento dos buracos negros (corpos maciços e densos que sua ação gravitacional é capaz de engolir tudo, até a luz) e sobre o pesquisador Nilton Rennó, que descobriu a água em Marte em 2008. Felipe Hayaschi Durigon, 11 anos, foi um dos estudantes que levantou a mão para fazer perguntas.

- O que mais me chamou atenção é saber que as estrelas têm as cores conforme o envelhecimento delas. Eu não sabia disso, achava que ela ia ficar com a mesma cor para sempre. Aprendi como se forma um buraco negro e os diferentes tipos, aprendi que Marte, possivelmente, pode ter vida, já teve água e que eles (os cientistas) estão querendo colonizar o planeta. Acho bem importante saber de tudo isso - contou Felipe.


Foto: Gabriel Haesbaert

EXPERIÊNCIA 
A atividade mais aguardada pelos estudantes foi o lançamento do foguete de água. Três alunos foram escolhidos para colocar a roupa de astronauta e lançar o foguete. O objeto é feito com materiais recicláveis, como garrafas PET e canos de PVC. Depois que ganha pressão, o gatilho é acionado, e o foguete é lançado em direção ao céu numa velocidade de 100 km/s, atingindo cerca de 20 metros de altura, tudo por meio das leis da física, ação e reação. Os paraquedas feitos de sacos plásticos amortecem a queda.  

Julia Pauli Jost, 10 anos, foi uma das escolhidas para participar da experiência.

- Eu adorei porque foi uma experiência única. Foi muito legal e interessante apertar e ver ele (o foguete) subindo. Com essa roupa, estou me sentindo uma astronauta, até queria ir para o espaço. Achei muito legal conversar com os especialistas - disse Julia.

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O PROJETO
O projeto Astronomia na Escola foi idealizado pelo pesquisador Hérnan Mostajo, diretor do Observatório Bioastronômico Cosmos, localizado em Itaara, e procura aproximar o estudante da realidade do universo, da galáxia e do espaço sideral.

- O foguete d'água é a parte que eles mais gostam. Assim, a gente coloca o que eles vivenciaram em sala de aula em prática, é um projeto completo. Quando falamos de astronomia, falamos de vida, de planeta, de galáxia, de tudo o que existe. Então, isso instiga, estimula o aluno a ser, no futuro, um jovem cientista. O importante é chamar a atenção para a curiosidade, e isso as escolas estão fazendo, colocar a realidade mais perto deles - explicou o pesquisador.

No dia 26 de abril, a mesma turma vai participar de uma observação astrônomica noturna no Bairro Cerrito.

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