Professores do Totem Vestibulares e alunos avaliam as provas do Vestibular da UFSM 2024

*Colaboraram Maria Júlia Corrêa, Caroline Souza e Rogério Kerber

Professores do Totem Vestibulares e alunos avaliam as provas do Vestibular da UFSM 2024

Foto: Nathália Schneider (Diário)

O professor e diretor do Totem Vestibulares, Jader Escobar (à esq.), fala com o apresentador Rogério Kerber durante a cobertura multiplataforma do Grupo Diário


Conforme os alunos foram saindo do último dia de provas do Vestibular da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) neste domingo (14), os professores do Totem Vestibulares os indagavam, curiosos sobre o teor das questões. No âmbito geral, as provas, que contaram com temas específicos – animais de estimação, Amazônia e diversidade cultural – foram elogiadas pelos professores, bem como o tema da redação.

Jader Escobar, professor de História e diretor do Totem Vestibulares, considerou, no geral, bastante positiva a volta do Vestibular de Verão da UFSM:

– Sabemos que não é fácil, mas acredito que a Universidade conseguiu organizar uma logística boa para a volta do vestibular, e as questões foram muito boas também, nas três provas, o que nos deixa com a expectativa de edições futuras ainda melhores. Todo mundo sai ganhando. Os jovens se relacionam diariamente com a temática diversidade cultural, por exemplo, então acredito que foi tranquilo. E o domingo teve calor, sol e fechou com chuva. Que seja a chuva da aprovação.



Para a professora de Redação do Totem Vestibulares, Mariane Lazzari, o tema do texto deste ano, uma carta aberta para a Ministra da Cultura, Margareth Menezes, sobre “apropriação cultural”, foi bastante conectado com as outras disciplinas e temas do Vestibular.

Ela lembrou um detalhe importante: o aluno não podia assinar a carta com seu nome, para não possibilitar a identificação durante o momento da correção do texto e, sim, como “Cidadão Brasileiro”.

Achei uma proposta acessível. Os textos motivadores ajudaram bastante e falavam sobre fantasias de Carnaval, por exemplo. Tinham textos que falavam de valorização e outros de desrespeito, para que os alunos decidissem, assumissem um ponto de vista e dialogassem com a Ministra. Uma das alunas me relatou que sugeriu à Ministra que as escolas devem fortalecer essa valorização e respeito por elementos de outras culturas desde a base, para que quando os alunos cheguem à vida adulta, valorizem outras culturas, como os povos originários – conta a professora Mariane Lazzari. 

O professor de Física do Totem, Fernando Friederich, reforça que o tempo de decorar fórmulas já passou e as questões de Física agora exigem muita interpretação do estudante. Segundo ele, a prova apresentou grande interdisciplinaridade, possibilitando aos alunos também usar conceitos de Matemática e Química para resolver algumas questões.

– Foi uma prova excelente. E tem a cobrança teórica e de conceitos. Na hora da prova, quem esperava só modelo matemático e cálculo, encontrou um outro tipo de questão. As questões foram semelhantes às do Enem, o que foi uma surpresa. Mesmo quase 10 anos sem realizar a prova, a UFSM entregou questões familiarizadas com o contexto nacional – finaliza Friederich.

Foto: Nathália Schneider (Diário)

O QUE DIZEM OS VESTIBULANDOS

Lauren Kremer, de 17 anos, é de Ijuí e veio fazer a prova em Santa Maria com a amiga Ana Carolina Garcia Nardon, 16 anos, de Panambi. Elas concorreram com mais de 150 candidatos a uma vaga no curso de Medicina da UFSM.

Assim como os professores, Ana reforçou o caráter mais interpretativo das provas. Ela já havia participado do Vestibular Extraordinário de Inverno da UFSM, que ocorreu em junho de 2023. Para a estudante, aquela prova tinha mais "cara de Enem" e nesta, as questões já têm mais a identidade da UFSM:

– As questões se basearam muito no tema da prova, então foi mais interpretativo e lógico. Era preciso ter muito conhecimento geral e ser uma pessoa informada, não bastava só decorar. Mas achei tudo acessível.

Lauren considerou a prova de Física a mais complexa:

– Mas, no geral, achei as três provas acessíveis. Algumas questões do último dia conversavam com o tema da redação, que era diversidade cultural, o que ajudou na construção do texto. Achei prático.

Após uma manhã quente e abafada, com desconforto térmico que chegou a 42,8º C no campus, chuva chegou em Santa Maria na tarde deste domingo, acompanhada por ventos fortes. Enquanto alguns alunos reencontravam seus familiares e iam embora do campus, outros buscaram abrigo, esperando a chuva passar. 

Foi o caso do estudante Manassês Lopes, 17 anos, morador de Silveira Martins.
Ele buscava uma vaga no curso de Enfermagem:

– Achei a primeira prova tranquila. Mas as deste domingo estavam mais complexas e longas, sem contar com a redação. Foram provas mais cansativas. Mas eu gostei, foi uma prova que eu tive prazer em fazer. 

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