Orçamento do IFFar de 2022 é insuficiente para fechar as contas e dar andamento a projetos

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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
Reitoria do IFFar fica em Santa Maria

O Instituto Federal Farroupilha (IFFar) vai trabalhar em 2022 com um orçamento discricionário mais de R$ 20 milhões abaixo do necessário. A defasagem no repasse pelo governo federal vai paralisar projetos, forçar o corte de postos de trabalho e até mesmo dificultar o cumprimento de medidas sanitárias. As aulas presenciais foram retomadas nesta semana nos 11 campi espalhados pelo Estado. A Reitoria do IFFar fica em Santa Maria.

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A instituição trabalha com com um orçamento de custeio de R$ 47,98 milhões para 2022, aprovados na Lei Orçamentária Anual. Conforme a reitora Nídia Heringer, o valor é insuficiente para honrar custos básicos de manutenção e contas de luz e água, por exemplo, até o final do ano. O valor nominal é praticamente o mesmo recebido em 2019, último ano com aulas presenciais. Entretanto, para honrar os compromissos atualmente, o valor deveria ser atualizado com inflação e IPCA, de cerca de R$ 65 milhões. Além da correção, de 2019 para cá, houve aumento no número de estudantes, que já são cerca de 15 mil.

- Temos uma organização aproximada até agosto ou setembro em que vamos fazer frente com esse valor. Estamos conversando com a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica para verificar como vamos atender isso na rede federal. Não é uma situação só do IFFar, mas das 42 instituições da rede - afirma a reitora.

Em outras palavras, o IFFar pede cerca de R$ 10 milhões a mais. A discussão já existe, e o repasse seria feito por meio de um Termo de Execução Descentralizada. Caso o pedido não seja atendido pelo governo federal, o Instituto poderá ter problemas para fechar as contas e garantir o cumprimento de protocolos sanitários, como a limpeza constante das salas de aulas.

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- Teríamos dificuldades com salas de aula. E vamos ter que negociar contas básicas, com luz é água. Diminuir postos de trabalho, como fizemos em 2019 - relata Nídia.

Em 2021, o orçamento foi menor, de R$ 41,6 milhões. Mas como não houve retorno das aulas presenciais, as contas fecharam.

OBRAS CONGELADAS POR FALTA DE VERBAS

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Foto: Marcelo Oliveira (Diário)
Reitora do IFFar, Nídia Heringer projeta dificuldades financeiras para a instituição em 2022
A verba para investimento também é considerada insuficiente. O IFFar acumula projetos de construções essenciais para o funcionamento das unidades congelados por falta de recursos.

- Todas as nossas unidades tem alguma necessidade de infraestrutura mapeada, planejada, com os projetos arquitetônicos concluídos ou em conclusão, mas nossa perspectiva real de orçamento para tudo isso é de R$ 3,3 milhões. É absolutamente insuficiente - afirma Nídia.

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A verba de investimento, diferente do custeio, é usada para obras e compras de equipamentos, que agreguem valor ao patrimônio da instituição. Há um projeto aprovado para construção de um prédio com salas de aula em Uruguaiana. Só esse investimento ocuparia quase a totalidade do orçamento de capital. Também não se trabalha com a perspectiva de reclassificação de verbas de custeio para investimento.

- Vou precisar de mais custeio do que eu tenho para fazer frente às despesas do ano. Não vou ter como tirar do custeio para investimento, pois vou ficar com situações não pagas. Não existe mais margem - garante a reitora.