cidadania

Estudante da UFSM dá aula de ciência para crianças da Escola Sinos de Belém

Da redação*

Foto: Arquivo Pessoal
Futuro biólogo, Vitor Hugo realiza oficinas que facilitam o aprendizado de ciências por alunos de séries iniciais da Escola Sinos de Belém

Há cerca de três anos, Vitor Hugo Schünemann Vargas, 20 anos, deixou Cachoeira do Sul para estudar no Coração do Rio Grande. No entanto, o acadêmico de Ciências Biológicas carregou com ele o desejo de ajudar o próximo, assim como já fazia na cidade natal.

Na nova morada, Vitor Hugo conheceu, por meio de amigos, a Turma do Chiquinho, iniciativa que pretende ensinar alunos de anos iniciais da Educação Infantil e do Ensino Fundamental de maneira alternativa e divertida. A Turma do Chiquinho faz parte da ONG Infância-Ação.

Desde o início de 2018, ele comanda aulas, uma vez por semana, na Escola Municipal de Ensino Infantil Sinos de Belém, no Bairro Juscelino Kubitschek. As atividades ocorrem, geralmente, na segunda parte da manhã. Lá, a Turma do Chiquinho ministra conhecimentos sobre vários temas, de matemática até tópicos da alfabetização primária, promove brincadeiras e participa de confraternizações com os alunos. Vitor Hugo conta que, nos seus encontros com as crianças, procura incentivar o gosto pela ciência.

- Até mesmo por estar me formando como biólogo, procuro trabalhar com temas ligados à ciência. Mostro como é a natureza, de maneira geral, tratando dos animais e como eles vivem. As crianças gostam bastante - explica Vitor Hugo, que também é coordenador da Turma do Chiquinho.

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O acadêmico afirma que, ao longo da infância e juventude, conheceu projetos sociais que fizeram a diferença na sua formação pessoal. Em Cachoeira do Sul, ele participou da Banda Marcial da Escola Marista Roque Gonçalves e, também, da Orquestra Estudantil João Neves, do Instituto Estadual de Educação João Neves.

Na orquestra, dava aulas de flauta. Além disso, também participou de um projeto de Karatê, esporte em que começou como aluno e, depois, passou a ser professor.

- Nestas atividades em que participei enquanto criança e jovem, aprendi a ser uma pessoa melhor, a pensar nos outros. No karatê, aprendi a ser disciplinado. Depois de entrar nesses projetos, passei a focar mais nos estudos e nos horários - relata.

Ao mudar-se para Santa Maria, em 2016, Vitor Hugo teve que parar, momentaneamente, de participar das ações sociais em Cachoeira do Sul. Porém, já estava decidido a participar de atividades voluntárias na Cidade Cultura. Ele quer oferecer aos outros aquilo que teve no passado: crescimento pessoal através de uma educação diferenciada.

Segundo o acadêmico, um dos desafios desse tipo de iniciativa é fazer com que as oficinas sejam atrativas. Além disso, segurar a atenção das crianças nem sempre é uma tarefa fácil. Por outro lado, o carinho oferecido por elas é enorme.

- É muito legal ver as crianças desenvolverem atividades que, muitas vezes, nem adultos conseguem aprender. Outra alegria é saber que os alunos se tornaram meu amigos - ressalta.

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PARTICIPAÇÃO NA COMUNIDADE

Foto: Arquivo Pessoal
Vitor Hugo organizou passeio dos alunos na UFSM

Foi a partir do interesse demonstrado pelos pequenos que Vitor Hugo teve a ideia de levá-los para conhecer a UFSM, no final do ano passado. O lugar que as crianças mais gostaram, segundo ele, foi o Laboratório de Estratigrafia e Paleobiologia, onde viram fósseis de dinossauros. Cerca de cinco turmas da Sinos de Belém, em torno de cem crianças, de 4 a 6 anos, participaram do passeio pela instituição e conheceram o Bairro Camobi:

- Foi muito bom vê-los realizar um sonho. Eles têm fascínio por dinossauros. A universidade é um lugar distante para eles. O passeio ainda proporcionou ao grupo a oportunidade de passar por lugares de Santa Maria que não conheciam. O estudante acrescenta que outras escolas têm procurado a Turma do Chiquinho para receber a visita dos integrantes do projeto. Entretanto, faltam voluntários para poder ampliar a abrangência das oficinas e alcançar outras regiões da cidade. Atualmente, a iniciativa conta com apenas quatro pessoas.

- Ter este trabalho na escola é muito bom porque possibilita que crianças, na maioria, em vulnerabilidade social, tenham uma interação maior com a comunidade santa-mariense - analisa Bárbara de Almeida Bassoto, vice-diretora da Escola Sinos de Belém.

*Colaborou Rafael Favero

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