volta às aulas

Escolas estaduais podem retomar aulas presenciais a partir de 20 de outubro

Natália Müller Poll

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Foto: Renan Mattos (Diário)

Em live transmitida na tarde desta quarta-feira, o governador do Estado Eduardo Leite apresentou o cronograma e os protocolos para o retorno às aulas presenciais na rede pública estadual. Na companhia da secretária de Saúde Arita Bergman e do secretário de Educação Faisal Karam, o Estado anuncia que a partir do dia 20 de outubro serão retomadas as atividades presenciais do ensino médio e técnico da Rede Estadual de educação. Esse retorno acontecerá de forma gradual, para reduzir os contatos e conter o contágio do coronavírus, e não será obrigatório para os alunos.

Dessa forma, estudantes que estiverem com alguma dificuldade de aprendizado ou no acesso à internet e que demonstrarem interesse em voltar, podem aderir ao modelo presencial. É necessário autorização dos pais ou responsáveis.

- O retorno da rede privada já se mostrou seguro, então agora é a vez da rede estadual - diz o governador.

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Arita Bergman explica que, como a educação é essencial, ela se torna prioridade para o governo do Estado e que essa retomada só será feita, porque os números da Covid-19 são favoráveis.

- Já provamos que as medidas de distanciamento controlado deram resultado. Tivemos redução no numero de óbitos e entramos em uma fase de declínio da doença. Crianças e adolescentes tem o direito desse retorno gradual e seguro do ponto de vista da saúde - garante.

A secretária assegura à população de que todas as orientações sobre medidas de prevenção serão tomadas e que o Estado fornecerá todo suporte necessário para isso. Ela afirma que é o melhor momento para a retomada do calendário.

O secretário de Educação conta que todos os protocolos de retomada foram pensados em conjunto com a secretaria de Saúde.

- Foram cinco meses de discussões para tomar essa decisão. Tivemos diversos órgãos envolvidos para definir como e quando voltar. Não voltamos porque queremos, mas sim porque tem alunos que estão com dificuldades e precisam voltar. Também precisamos evitar o abandono e a evasão, que vem acontecendo muito no país - explica Karam.

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Professores que se enquadram no grupo de risco, podem seguir em teletrabalho apresentando atestado médico. Para os demais docentes, a volta é obrigatória.

Apenas 50% dos alunos podem retornar às salas de aula. As aulas funcionarão em semanas alternadas. Em cada semana um grupo de alunos será atendido presencialmente. Na semana seguinte, esses alunos devem voltar ao regime de teletrabalho. Aos que tiverem dificuldade no acesso à internet, levarão para casa as tarefas impressas.

De acordo com o governador, esse revezamento permite trabalhar o distanciamento social com segurança. 

NOVA ROTINA

Ao chegar na sala de aula, todos os alunos terão direito à mascara, aferição da temperatura e álcool gel. Professores farão esse controle.

O governador também apresentou os valores de investimentos feitos na rede estadual de ensino. Conforme ele, foram R$ 270 mi investidos em aprendizagem, capacitação, contratação de professores e profissionais de apoio, materiais de desinfecção, assim como equipamentos de segurança e proteção, como termômetros e máscaras.

O responsável pela 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE) José Luis Vieira Eggres confirma esses repasses. Conforme o professor, 99% das instituições da região de cobertura da 8ª CRE já receberam as verbas ou os itens de prevenção, diretamente nas escolas.

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Ele explica que, em Santa Maria, as aulas presenciais do ensino médio e técnico poderão ser retomadas a partir do dia 27 de outubro, já que para isso acontecer, a cidade precisa permanecer por 14 dias em bandeira laranja. Além disso, as escolas precisam apresentar e aprovar o plano de contingência ao Comitê Operativo de Emergência (COE). 

- Nosso foco é na aprendizagem e na garantia de segurança para a saúde de professores e alunos. Vamos trabalhar para que tudo transcorra da melhor maneira possível. Nenhuma escola retomará as atividades sem estar totalmente de acordo com o plano de contingência - explica Eggres.

O diretor geral do CPERS Rafael Torres não concorda com a retomada das atividades presenciais neste momento.

- Nossa posição é que seja feita a manutenção das aulas remotas, pelo menos até o final deste ano letivo, para aguardar a vacina ou uma melhora no quadro da doença. Muitas escolas não receberam sequer álcool gel e estão sem EPIs.

Estamos consolidados a não retornar presencialmente pois isso pode botar em risco a vida da gurizada e da sociedade em geral - diz Torres.


 


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