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Em visita à China, Reitor da UFSM fala em parcerias com o país

Deni Zolin

Foto: Renan Mattos (Diário)

O reitor da UFSM, Paulo Burmann, que está em missão na China e espera firmar parcerias com universidades chinesas, tem tido a mesma impressão de um empresário santa-mariense que tem visitado o país chinês para fazer negócios nos últimos 10 anos.

- É um país em franco desenvolvimento, com tecnologia por todo o lado, diferente daquela percepção que alguns setores ainda guardam de que é um país atrasado. A China possui um alto grau de desenvolvimento científico e tecnológico, com uma valorização imensa do setor educacional. Eles não trabalham parcerias no setor internacional sem ter uma universidade envolvida, isso está muito claro em todas as ações deles. A rede de educação do país é totalmente pública, assim como o setor de atendimento da saúde, que é de altíssima qualidade e com altos investimentos do governo porque considera aquilo que nós temos falado. Educação, ciência e tecnologia são setores estratégicos do estado e não podem estar ausentes - afirmou o reitor, em entrevista à rádio UniFM, ontem.

Burmann participa de visitas e reuniões junto a instituições locais. O reitor integra uma comitiva de 30 brasileiros, da qual fazem parte os deputados estaduais Gilberto Capoani e Jeferson Oliveira, da Frente Parlamentar Gaúcha Brasil-China, além de representação de empresários e lideranças do Rio Grande do Sul, São Paulo e Estados do Nordeste.

Na quarta, a comitiva realizou visita ao Shanghai East Hospital, Centro Médico que pertence à Universidade de Tonji.

- Trata-se de um hospital de primeiríssima qualidade, que faz parte de um complexo de sete hospitais do sistema público. Nos ficou claro o interesse deles em abrir uma frente de cooperação com a UFSM e um interesse mais amplo de instalar na região (ou no Rio Grande do Sul) um hospital focado na medicina chinesa - afirmou o reitor.

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Burmann teve reuniões na Universidade de Tonji, junto à Faculdade de Arquitetura. Conforme o reitor, a visita abriu diversas oportunidades para cooperações nesta área, em que chineses têm projetos de cidades planejadas inteligentes. Ontem, a comitiva foi recebida na prefeitura da região e houve rodadas de negócios.

- Tenho a convicção de que sairemos daqui com bons acordos de cooperação que serão assinados em um futuro muito próximo, até porque há uma comitiva chinesa que estará se deslocando para o Brasil no mês de agosto - disse o reitor.

A missão de duas semanas é financiada pelo programa Capes PrInt, que quer desenvolver e fomentar a internacionalização nas universidades brasileiras.

VISÃO CHINESA

á um empresário santa-mariense que voltou este mês de viagem de negócios na China e na Índia comentou que os chineses tiveram grande avanço de tecnologia nos últimos 10 anos, com melhoria da qualidade dos produtos e alta dos preços. Já muitas fábricas precárias e a preços baixos foram transferidas para a Índia, onde muitos trabalhadores dormem nas ruas, junto com as vacas (que são sagradas), por não terem condições de pagar aluguel.

Os chineses foram inteligentes ao começar a fabricar produtos de empresas dos EUA e outros países e, com isso, conquistaram e copiaram tecnologias. Hoje, a chinesa Huawei, por exemplo, quer rivalizar com a Apple. Muitas fábricas brasileiras também mandaram fabricar seus produtos na China com a ilusão do lucro imediato e para não quebrar frente a suas rivais. Com isso, a indústria no Brasil só definhou e ficamos dependentes dos chineses.

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