ensino superior

Decreto da União reduzirá em mais de 45% estrutura administrativa da UFSM

Marcelo Martins

Foto: Marcos Oliveira (Gabinete do Reitor)
Reunião, na manhã desta segunda, apresentou proposta de reestruturação 

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) se prepara para, em 16 dias, promover um corte de 47% nas chamadas funções gratificadas (FGs) que são concedidas a servidores concursados, por força de um decreto federal. Em números, isso quer dizer que a instituição passará dos atuais 759 para 405. Ou seja, serão extintas 354 funções. O risco e o problema que essa situação traz foi debatido, nesta segunda-feira, pelo reitor Paulo Burmann, no Centro de Convenções, com professores e servidores. A maior preocupação é com um possível engessamento e perda de autonomia das unidades de educação. A necessidade desse ajuste se dá com base em um decreto federal (nº 9.725), de março deste ano, que limita e torna mais rígida a nomeação de servidores para essas gratificações. 

Sem recursos, UFSM pode interromper mais de 60% dos contratos com terceirizados

O efeito prático disso varia conforme a unidade de ensino e, por isso, os desdobramentos somente serão sentidos, no dia a dia, a partir de 1º de agosto, quando passa a valer a medida de corte dessas funções. O reitor Paulo Burmann pondera que, para o público externo, a tendência é que a princípio aqueles os serviços gratuitos sejam mantidos. Mas o reitor apresentou um caminho alternativo que, neste momento, minimize ao máximo os impactos internos dentro da universidade.

Paralelo ao decreto, a UFSM apresentou um plano de emergência. Nele, a principal solução apontada está na otimização de esforços. A ideia é fazer a integração das secretarias de graduação e também de pós-graduação bem como a fusão das secretarias departamentais. Além disso, também se aposta na realocação de um conjunto de FGs da reitoria para as unidades de ensino a fim de evitar que elas paralisem suas ações. Todas essas questões começarão a ser avaliadas, a partir da próxima sexta-feira, pelo Conselho Universitário (Consu).

É de praxe em todas universidades públicas federais que professores e técnicos tenham concedidos cargos de direção, funções comissionadas de coordenação de cursos e outras gratificações. Assim, esses servidores centralizam e ficam à frente, entre tantas outras funções, de demandas como gerenciamento de documentos (inscrição de alunos), acompanhamento de processos (licitatórios, entre eles) e controle interno. Ou seja, há toda uma capilaridade para resguardar o funcionamento ininterrupto da universidade em suas mais variadas frentes.


Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Extinção de FGs representa economia de 1% do orçamento da UFSM Anterior

Extinção de FGs representa economia de 1% do orçamento da UFSM

Após rumor se espalhar, ministro diz que não haverá cobrança na graduação Próximo

Após rumor se espalhar, ministro diz que não haverá cobrança na graduação

Educação