Greve dos docentes da UFSM começa nesta quinta-feira; confira a movimentação nos cursos

A greve dos docentes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) deve iniciar oficialmente a partir de meio-dia desta quinta-feira (25). A categoria reivindica o reajuste salarial de 22,71%, em três parcelas de 7,06% por ano. Na última sexta-feira (19), o Governo Federal propôs reajuste de 9%, a partir de janeiro de 2025. Mas, não houve acordo. 

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A decisão pela greve tomada pelos corpo docente da instituição na segunda-feira (22) é facultativa, permitindo que professores dos quatro campi (Santa Maria, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões e Cachoeira do Sul) optem por seguir ou não com as atividades após esse prazo. Faltando poucas horas para o início da mobilização, o clima é de incerteza no campus sede da UFSM, no Bairro Camobi. 

Veja o que dizem os acadêmicos

“Muitos professores não vão paralisar e as aulas devem seguir normalmente, até mesmo com prova. As opiniões são bem rígidas quanto a isso. Eu acho que greve, hoje em dia, não pode mais ser paralisação. Tem que ser atendimento gratuito nas dependências da universidade, uma conversa explicando para o pessoal como funciona e como é correr atrás do direitos porque paralisação, principalmente no ambiente acadêmico, só afeta o professor e o aluno”. 

Manoela Aprígio, 22 anos, 6° semestre do curso de Medicina Veterinária 

“Geralmente, os professores das Engenharias não aderem muito às greves. Muitos deles não são sindicalizados e não sabem a importância de aderir. Então, nós estudantes acabamos falando sobre essa necessidade e alguns ainda se encontram no processo de conscientização. A minha opinião é de que a greve é positiva e significa um grande avanço nas nossas lutas enquanto estudantes e trabalhadores. Ela traz algumas consequências indesejadas, como a paralisação das bibliotecas, por exemplo. Então, sei que não queremos as consequências da greve, mas sabemos a importância dela para os trabalhadores, servidores e professores”. 

Willian Peri Gonçalves, 28, 8° semestre do curso de Engenharia da Computação

“Nós estamos aguardando os informes oficiais dos professores. Enquanto acadêmicos de História, a maioria de nós apoia a greve e se coloca em um lugar de incentivar os professores a aderir. Nós compreendemos que a greve, enquanto não traz nenhum prejuízo, não oferece sentido, que é justamente sentir a falta e perceber o quanto a atividade deles é importante dentro da sociedade. Então, por enquanto, o que podemos fazer é aguardar a decisão de cada docente”. 

Marieli Fernandes, 24, 10° semestre do curso de História – Licenciatura

“Os professores estão se reunindo para ver quem realmente vai aderir. Mas todos estão mais inclinados a entrar junto (na greve). Então, se for para sacrificar algumas semanas ou até meses de aula, eles pretendem fazer isso juntos. Tem casos em que alguns vão manter pelo menos uma semana a mais para terminar alguns ciclos de aulas e deixar tudo acertado”.

Rubia Riffel, 19, 3° semestre do curso de Publicidade e Propaganda

“No Direito, até agora, nem todos os professores se posicionaram. Alguns vão aderir e outros já disseram expressamente que não vão. Como estou no final do curso, algumas atividades não vão parar, como é o caso da Assistência Judiciária. Alguns professores, considerando que estamos quase nos formando, já falaram que não vão aderir para não prejudicar e atrasar a nossa formatura”. 

Isabela Pradebon, 21, 9° semestre do curso de Direito – Diurno