Aumento do ICMS

Um dia decisivo às pretensões de Sartori

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Além de ser depositada a última parcela dos salários dos servidores públicos, o dia de hoje pode impactar diretamente na vida de todos os gaúchos e vai medir a força do governo Sartori. A partir das 14h desta terça-feira, os 55 deputados estaduais terão um teste de fogo. Na pauta da sessão,  estarão dois projetos, o mais polêmico deles reajusta as alíquotas do ICMS no Rio Grande do Sul.

A outra matéria propõe a cobrança de adicional de dois pontos percentuais, até 2025, sobre TV por assinatura, fumo, bebidas alcoólicas e cosméticos. O valor do imposto seria destinado ao Fundo de Proteção e Amparo Social do Estado do Rio Grande do Sul, fundo a ser criado com este projeto.

O governador José Ivo Sartori (PMDB) tem dito que, em caso de reprovação do projeto do ICMS, não haverá margem para dar enfrentamento à crise financeira  do Estado. A aprovação por maioria simples significaria um incremento de R$ 2 bilhões aos cofres públicos já em 2016.

Na busca por uma costura política, Sartori exonerou dois secretários: Ernani Polo (Agricultura) e o cruzaltense Pedro Westphalen (Transportes), para que, assim, reassumam temporariamente suas vagas como deputados na Assembleia. Ambos são do PP.

Sem descuidar da sua base aliada, que é composta por 32 deputados e mais três parlamentares (a chamada base estendida), Sartori trata de se cercar ao máximo de seus apoiadores.

Contudo, o peemedebista se vê refém da bancada do PDT, composta por oito deputados, e que será decisiva aos planos do governador. Levantamento da Rádio Gaúcha aponta que, até o momento, há 17 votos garantidos. Em caso de o PDT se somar ao bloco pró-aumento, Sartori terá 25 votos favoráveis (veja quadro ao lado).

Os votos da região

Mesmo sendo da bancada governista, o tucano Jorge Pozzobom assegura que não dará aval ao tarifaço. Pozzobom será o único do PSDB a votar contra o governo. Já Valdeci Oliveira (PT), está entre os 11 petistas, fará coro pela não aprovação do projeto. Miguel Bianchini (PPL), que se mantém independente, afirma que dirá “não” aos planos de Sartori. Westphalen será o único a votar sim.

_ Teremos deputados que, certamente, mudarão de lado em decorrência do calor da hora _ afirma o cientista político e professor da Unifra, Guilherme Howes.

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