Apesar de a quantidade de emprego ter triplicado em uma década e ter dobrado o percentual de participação no PIB local, a indústria santa-mariense tem um longo caminho para virar uma referência regional. Para buscar esse desenvolvimento, há uma aposta nas potencialidades locais: a produção de conhecimento atrelada aos setores da defesa, metal-mecânico, tecnologia e também ao agronegócio.
Funcionalismo estadual terá o salário parcelado de novo
Santa Maria está ancorada nos chamados Arranjos Produtivos Locais (APL¿s). A vantagem prática é que empresas localizadas em uma mesma área. Como, por exemplo, o Distrito Industrial (DI), melhoram seu desempenho produtivo. Elas também têm vínculos de integração e de cooperação junto aos governos, associações empresariais, instituições de crédito, de ensino e pesquisa.
O poder público local e o governo do Estado firmaram, no ano passado, uma parceria que viabilizou a capacitação de indústrias do setor metal-mecânico, por exemplo. Ao fim desse trabalho em conjunto, foi idealizado um APL voltado ao agronegócio.
Santa Maria volta a gerar empregos, com 309 contratações em abril
– Queremos buscar produtos melhorados e com upgrade tecnológico voltado ao agronegócio – afirma Julio Kirschoff, que é coordenador do APL Metal Centro e presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas Mecânicas e de Material Elétrico de Santa Maria (Simmmae).
Um marco para a cidade
Em relação ao polo de defesa, a alemã de blindados KMW, inagurada oficialmente este ano, deve ser o ponto de largada para novos investimentos na área.
– É possível se consolidar como um polo de defesa. É preciso trazer sistemistas que orbitem no entorno da KMW, tornando a cadeia de produtividade forte. Nesse sentido, Santa Maria vai inaugurar na próxima quarta, o centro de instrução, o chamado Simulador de Apoio de Fogo (Safo), no Boi Morto, voltado à simulação para o Exército – explica Matheus Frozza, professor de Economia do Centro Universitário Franciscano (Unifra).
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Para facilitar a vida do empreendedor
A burocracia sempre é lembrada pelos empresários como uma barreira a ser superada para quem quer abrir, manter ou, até mesmo, ampliar um empreendimento. O secretário de Desenvolvimento Econômico de Santa Maria, Jaques Jaeger, aposta em duas frentes para facilitar a vida do empreendedor local e devem estar em vigor em até 30 dias.
A primeira é a alteração da lei que concede lotes ao Distrito Industrial (as empresas poderão usar o terreno como garantia em eventuais financiamentos e outros incentivos). A segunda, é incluir Santa Maria à Rede Nacional para a Simplificação do Registro e Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), o que permitirá a unificação da entrada de documentos nos órgãos responsáveis por legalizar obras e novos negócios.
Segundo Jaeger, a prefeitura tem feito a sua parte e ajudou a formalizar 9,3 mil empreendedores individuais nos últimos sete anos, entre outros incentivos.
Inaugurado em 2013, no DI, com R$ 10 milhões vindos das três esferas de governo, o Santa Maria Tecnoparque é a aposta para atrair e desenvolver empresas de tecnologia e de inovação.
O principal destaque é a construção civil
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