Apesar dos aumentos constantes dos combustíveis e do gás de cozinha, a queda de preço de vários alimentos, muitos deles em função do fim do inverno, acabou reduzindo a inflação em setembro na cidade. O levantamento do Índice do Custo de Vida de Santa Maria (ICVSM), calculado pelo Laboratório de Práticas Econômicas (Lape), do curso de Ciências Econômicas da Unifra, teve deflação de -0,58% em setembro, ante alta de 0,83% em agosto e queda de -0,06% em julho. Em 2017, a inflação na cidade registra alta acumulada de 0,97%, e nos últimos 12 meses, fica em 1,88%.
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Segundo a Unifra, o grupo alimentação fechou o mês com deflação de mais de 1,8%, o que impactou o índice geral. Grande parte deste resultado foi fruto da redução, em setembro, nos preços de itens como o leite (-10%), a uva (-15%), a alface (-17,6%), a rúcula (-18,1%), a beterraba (-22%) e o repolho (-26%). Por outro lado, ficaram mais caros o melão (11,6%), o tomate (13,7%) e a moranga (21,9%). Embora os preços de itens importantes como o feijão (-6,2%) e o arroz (-14,6%) tenham sofrido retração significativa em setembro, a alimentação fora de casa ficou 2% mais cara. Segundo a equipe do Lape, o preço da alimentação fora de casa segue em uma tendência oposta a grande maioria dos itens alimentícios pesquisados em 2017.
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A cidade de Santa Maria, que já foi muito em conta para se alimentar, hoje possui preços que são superiores à maioria dos restaurantes similares de Porto Alegre. A explicação para este comportamento está no reajuste dos preços controlados pelo governo, como dos combustíveis, do gás de cozinha e da energia elétrica. Embora os produtos alimentícios tenham recuado, os custos fixos dos restaurantes permaneceram subindo.