Aviação

Presidente da Brava Linhas Aéreas não dá prazo para retomar voos

Juliana Gelatti

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Há pelo menos uma semana sem operar voos e cinco meses sem atividades em Santa Maria, a Brava Linhas Aéreas não tem prazo para decolar novamente. É o que disse o presidente da empresa, Jorge Barouki, na tarde desta quarta-feira.

Segundo ele, a retomada depende de que os pilotos e tripulantes façam cursos de reciclagem e que aeroportos sejam autorizados a operar com as aeronaves Embraer 120, os Brasília, com 30 lugares.

A tão esperada homologação do equipamento levou 16 meses e foi concedida pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em janeiro. Porém, com a demora acima do previsto (seis meses), os profissionais que já tinham sido treinados precisam passar por reciclagem, explicou Barouki:

- E só tem uma escola que oferece esses cursos em toda a América Latina, por isso não é rápido.

Em resposta enviada pela assessoria de imprensa, a Anac esclareceu que as aeronaves Brasília já estão certificadas, mas o seu uso dependeria apenas do treinamento dos pilotos. Da mesma forma, a Anac informa que o Certificado de Empresa de Transporte Aéreo (ETA) da Brava Linhas Aéreas não foi suspenso, a concessão continua ativa.

A Brava Linhas Aéreas deixou de operar temporariamente em Santa Maria em setembro de 2013 e suspendeu, na última semana, todas as operações. De acordo com a Anac, a decisão em parar as atividades provisoriamente foi da empresa, não tendo ligação com possíveis exigências da reguladora.

A empresa tem sede em Porto Alegre e as suas rotas atendem destinos no interior do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo. No site da companhia - voebrava.com.br - não é possível fazer reservas para nenhum destino.

O motivo para as vendas suspensas é porque não há certeza sobre quando as atividades serão retomadas:

- Dependemos de diversos fatores externos, por isso não dou uma data - afirma Barouki.

Em Santa Maria, a Brava operava até setembro a única ligação aérea da cidade com Porto Alegre, usando aeronaves LET, com 19 lugares. Em 13 de setembro, a companhia suspendeu a operação, porque as licenças para uso dos LET tinham vencido, sem que a esperada autorização para o uso dos aviões Embraer 120, com 30 lugares e conhecidos como Brasília, saísse.

Esse pedido já teria sido feito à Anac em 2012, com a expectativa de que, com os novos aviões, fosse possível esticar o voo de Santa Maria até São Paulo no começo de 2013.

Barouki admitiu que a empresa passa por dificuldades financeiras, já que não está tendo receitas, mas explica que a suspensão das atividades não está ligada a isso. O empresário informa ainda que a entrada de novos investidores como sócios da empresa deve acelerar as projeções de crescimento das operações.

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