As 21 vagas na Câmara de Vereadores de Santa Maria serão insuficientes às pretensões dos dirigentes partidários que sonham com uma cadeira na próxima legislatura (2017-2020). Isso porque se formos levar a cabo as projeções dos partidos faltariam vagas a partir de 1º de janeiro. Seria preciso, no mínimo, mais 10 cadeiras para abrigar a todos, pois os 14 partidos consultados planejam eleger mais de 30 vereadores.
Os partidos com representação na Casa tentarão se manter e ampliar a sua fatia de espaço. Já os que estão do lado de fora do Plenário lutam para estrear na vereança.
Partidos encaminham acordos para compor alianças à prefeitura de Santa Maria
Entre os que querem seguir está o PDT. Os pedetistas esperam que os mais de 8,7 mil votos de Marcelo Bisogno, o mais votado em 2012, pulverizem em outras pré-candidaturas. Bisogno concorrerá à prefeitura.
O PT contabiliza uma baixa. Luiz Carlos Fort não concorrerá e deve ser o vice na chapa do pré-candidato Valdeci Oliveira. Fort fez, na última eleição, 2,5 mil votos. Quem quer voltar à vereança é Helen Cabral, que disputou a prefeitura, em 2012, e ficou em segundo lugar no pleito.
PT deve ir de chapa pura à prefeitura de Santa Maria
O PMDB perdeu seu puxador de votos na Câmara, o ex-vereador João Carlos Maciel, que foi cassado no ano passado. Ele se elegeu, em 2012, com 5,5 mil votos. Ele já foi o mais votado da cidade em pleitos passados. Um vereador empregou parte do gabinete de Maciel visando "pegar" os votos do parlamentar cassado.
Partidos se articulam na busca por nomes a vice-prefeito em Santa Maria
DEM, PR e Rede têm, cada, uma cadeira. E trabalham para manterem e ampliarem o leque de representatividade. O PPL também tem uma cadeira, mas o principal nome da sigla, Werner Rempel, concorrerá à prefeitura.
Os tucanos com quatro cadeiras querem, no mínimo, manter as vagas. O PTB tem dois vereadores e quer aumentar sua fatia.
Renovação e discurso
A tendência é que haja uma renovação na Câmara em 2017. Alguns fatores explicam isso. O primeiro deles, em função do PP. Os progressistas têm um vácuo de representatividade a sanar. Paulo Airton Denardin e Sandra Rebelato não concorrerão. Já Sergio Cechin fará dobrada com o prefeiturável Jorge Pozzobom (PSDB). Os três, juntos, fizeram em 2012 mais de 10 mil votos, um capital eleitoral sem dono.
Os partidos menores e aqueles sem vereador apostam no discurso da renovação para garantir uma vaga.
